11 de julio de 2011 | Noticias | Derechos humanos
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Em Honduras, a Comissão da Verdade e a Reconciliação apresentou na quinta-feira passada um relatório de 800 páginas, com as conclusões sobre o golpe de Estado que no dia 28 de junho de 2009 depôs o presidente Manuel Zelaya.
Essa é justamente a principal conclusão desta comissão em que participaram especialistas nacionais e internacionais: o golpe de Estado instaurou um governo “ilegal”, liderado por Roberto Micheletti, vigente até janeiro de 2010.
"Esta comissão tem reconhecido praticamente a violação da Constituição e todos os delitos cometidos contra a Carta Magna de Honduras", considerou Zelaya, poucas horas depois de conhecido o resultado do relatório.
A Comissão, conforme Zelaya, ratificou de forma “tácita e explícita” os aspectos mais importantes já indicados pela resistência hondurenha sobre a ilegalidade do regime de facto, embora tenham ficado “vários elementos importantes” neste processo de investigação que não foram mencionados.
A referência é clara: no relatório não há pronunciamento algum sobre as eleições ilegítimas que levaram ao poder a Porfirio Lobo, nem sobre as violações de direitos humanos durante esta triste fase da história de Honduras.
Na elaboração do trabalho, que utiliza o termo “regime de facto” para o período de Micheletti, participou o ex-vice-presidente da Guatemala Eduardo Stein, o diplomático canadense Michael Kergin e a advogada peruana María Zavala Valladares como representantes da comunidade internacional, enquanto que uma das referentes hondurenhas na comissão é a atual reitora da Universidade Nacional Autônoma, Julieta Castellanos, conforme Prensa Latina.
“É uma excelente notícia que se reconheça que é um golpe de Estado”; “seria importante que fossem ditas outras verdades” e “não há menções às violações dos direitos humanos”, são algumas das frases ditas na reportagem da ALER sobre o balance do relatório apresentado na quinta-feira pela Comissão da Verdade e a Reconciliação.
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