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2 de Fevereiro de 2010 | Notícias | Direitos humanos
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A repressão contra organizações de resistência ao golpe e comunidades camponesas que lutam pelo direito a suas terras em Honduras tem-se agravaado depois da instalação no poder de Porfirio Lobo continuando a política do regime de facto que depôs Manuel Zelaya.
O Plano de Nação que busca “pacificar” Honduras depois de seis meses de regime ditatorial e com o exilio do mandatário legítimo vem ocultando operativos de repressão, tortura e assassinato em comunidades rurais e urbanas
Foi o que denunciou Juan Almendares, da organização Mãe Terra-Amigos da Terra Honduras à Rádio Mundo Real, de Tegucigalpa.
A repressão no campo hondurenho provém de uma aliança entre forças militares, policiais e a segurança privada que trabalham para empresas transnacionais do agronegócio, acompanhadas pelo governo de facto e o de Lobo, diz Juan Almendares.
A comunicação com Honduras é difícil para a mídia alternativa internacional, enquanto que no interior do país ela está praticamente silenciada. O contacto de Rádio Mundo Real com Almendares foi interrompido várias vezes devido à intervenção de suas linhas telefônicas.
Operação “El madrugón”
“El madrugón” no jargão da repressão hondurenha é o nome dado ao operativo com o que, sob a desculpa de “combater a delinquência” são invadidas casas, sedes de organizações sociais e movimentos nas principais cidades do país, conta Juan Almendares.
A aliança entre forças de uniformados oficiais e privados tem se apoderado dos principais rios e desalojado comunidades camponesas que viviam em zonas estratégicas para o avanço do agronegócio.
“Know-how” colombiano
Outro plano das alianças que sustentam o regime hondurenho são seus vínculos com Bogotá e o “assessoramento” do governo de Álvaro Uribe em matéria de repressão, indica Almendares.
Com Micheletti começaram a chegar ao país assassinos colombianos treinados na guerra suja que, não têm deixado de funcionar até agora, denuncia Almendares.
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