1ro de noviembre de 2010 | Noticias | Honduras libre | Derechos humanos
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Durante uma audiência pública da Comissão Interamericana dos Direitos Humanos (CIDH) que aconteceu na semana passada, organizações defensoras dos direitos humanos denunciaram que o Estado hondurenho é incapaz de proteger os beneficiários de medidas cautelares concedidas por esse organismo, e também responsabilizaram o Estado pelo assassinato de jornalistas em Honduras.
A CIDH, órgão autônomo da Organização dos Estados Americanos (OEA), concedeu medidas cautelares para cerca de 300 pessoas que receberam ataques da violência política desencadeada após o presidente hondurenho Manuel Zelaya ter sido deposto, em junho do ano passado. Mas apesar da proteção da CIDH, conforme as organizações defensoras dos direitos humanos, em 2010 foram assassinados dois beneficiários, enquanto que outros três sofreram atentados, 35 foram ameaçados de morte, e nove abandonaram o país.
As denúncias foram apoiadas em parte pelo relator da CIDH para Honduras, Felipe González, que manifestou que os recursos destinados pelo governo hondurenho -liderado por Porfirio Lobo, vitorioso em eleições consideradas ilegítimas pelos movimentos sociais- eram claramente insuficientes para proteger os beneficiários de medidas cautelares
Por outro lado, organizações como a Associação Mundial de Rádios Comunitárias da América Latina e o Caribe (AMARC-ALC), ARTICLE 19 e o International Media Support apresentaram um relatório focado na situação dos trabalhadores da imprensa hondurenha.
Este relatório, intitulado “Impunidade deixa expostos os jornalistas hondurenhos”, foi o resultado de uma missão de observação destas organizações no país, que foi realizada de 24 de agosto a 2 de setembro deste ano.
Ali determina-se que Honduras, junto ao México, é o país mais perigoso do continente para o exercício do jornalismo, e indica-se que o Estado não tem podido esclarecer as mortes de jornalistas, nem fornece as proteções adequadas para eles.
Nos últimos dois anos foram assassinados dez jornalistas, trinta advogados e grande quantidade de integrantes dos movimentos sociais. A maioria dos responsáveis por estas mortes permanecem impunes, enquanto que a cada dia aumenta a média de mortes violentas no país.
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