11 de febrero de 2010 | Noticias | Anti-neoliberalismo | Bosques y biodiversidad | Soberanía Alimentaria
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“Minha consciência está limpa”, disse o ministro de Ambiente de Índia, Jairam Ramesh, ao proibir-lhe o cultivo de beringelas transgênicas em seu país ao gigante biotecnológico estadunidense Monsanto.
A decisão do ministro foi tomada sob pressão da sociedade civil indiana, que se opôs a implantação no país deste cultivo geneticamente modificado, que teria sido o primeiro que seria produzido na Índia e teria facilitado a adoção de tecnologia transgênica em outros países da região.
Se bem o Comitê de Aprovação de Engenharia Genética indiano lhe havia dado sua aprovação ao cultivo de beringela transgênica, os protestos de camponeses, ambientalistas e profissionais da saúde foram tão fortes que o governo foi forçado a realizar audiências públicas antes de dar sua autorização.
Nestas audiências, a oposição à introdução do cultivo foi tanta que o ministro decidiu dar volta atrás com a autorização.
“Quando o sentimento público é negativo, é meu dever adotar um enfoque cuidadoso e com base em princípios”, afirmou Ramesh, conforme a agência de notícias IPS. E acrescentou: “Não vou impor uma decisão até que pesquisas científicos independentes estabeleçam a segurança do produto para a saúde humana e ambiental, incluindo a riqueza genética das beringelas de nosso país”.
Além das críticas originadas nos efeitos sobre a saúde que poderia provocar a beringela transgênica, tem se dito que estaria sendo introduzido o cultivo no país de onde a beringela é originária, algo que é desalentado pelo Protocolo de Cartagena sobre Biossegurança, já que a variedade transgênica atenta contra as naturais e poderia modificá-las.
Mas enquanto na Índia são tomadas estas decisões para defender a biodiversidade, na Europa o presidente da Comissão Européia, José Manuel Durão Barroso, propõe-se começar uma nova campanha a favor dos produtos transgênicos. Desta forma, Bruxelas propõe-se implementar um sistema e um marco legal com o que Monsanto poderia renovar sua licença para cultivar milho em solo europeu por outros dez anos, informou o jornal espanhol Público.
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