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22 de Setembro de 2011 | Notícias | Direitos humanos
Sem soluções
Honduras: 50 personas assassinadas por conflito agrário em Bajo Aguán
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Os gritos que se ouvem em Honduras são de desesperação. “Preciso dizer ao mundo inteiro, às organizações internacionais defensoras dos direitos humanos, que continuo sem ter noticias do paradeiro de Santo Bernabé Cruz”, lamenta Rodolfo Cruz, pai de um jovem que está desaparecido desde a segunda-feira 19 de setembro, após um ataque policial e militar na zona de Aguán.
A reportagem sobre este episódio de Rádio Progreso, divulgado pela agência ALER, indica que alguns jovens foram presos e depois levados a uma fazenda de palma africana. Não houve mais notícias sobre eles.
Desalojamentos violentos, destruição de casas e militantes presos. Dessa forma descreveu Rádio Progreso os alcances do operativo “Fuerza Xatruch II”, que espalhou terror em Aguán durante estas últimas horas.
A emissora hondurenha revelou que desde o início do conflito agrário em Aguán até agora têm sido assassinados 50 dirigentes camponeses, e que esses crimes continuam impunes.
“Militarizar Honduras não é a solução”, disse Bertha Oliva, coordenadora geral do Comitê de Familiares de Detidos-Desaparecidos em Honduras (COFADEH).
Conforme a Rede Morazánica de Informação, durante o operativo Fuerza Xatruch II os helicópteros da Polícia Nacional sobrevoavam tão perto do chão que destruíram as casas dos camponeses.
“Esta não é a primeira vez que elementos destacados na operação Xatruch II realiza este tipo de violações, já no dia 16 de setembro, foi denunciada a penetração militar e policial na comunidade de Rigores, invadindo as casas dos camponeses batendo em crianças, mulheres e adultos”, indica a matéria, divulgada pelo site oficial da Frente Nacional de Resistência Popular.
