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20 de julio de 2011 | |

Procuram-se responsáveis

Peru: atingidos por mineração denunciam seis assassinatos a relator das Nações Unidas

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“A população desarmada que visa fazer respeitar seus direitos, teve como resposta bombas e balas, para proteger os interesses econômicos das mineradoras; sem dar uma solução ao problema, como no caso dos assassinatos no aeroporto no dia 24 de Junho de 2011”, afirma um fragmento da carta que organizações indígenas do Peru enviaram ao relator especial das Nações Unidas, James Anaya.

A Confederação Nacional de Comunidades Atingidas pela Mineração (Conacami) disse através de um comunicado que os povos aymaras e quechuas da região de Puno estão denunciando o recente assassinato de seis dirigentes campesinos, referentes da luta contra as petroleiras e mineradoras nessa zona do país.

Estes crimes, conforme a organização de atingidos, têm se transformado em uma “prática comum” dos sucessivos governos, que acabam “permitindo” estes abusos ao não identificar os responsáveis.

Em uma entrevista com o programa La Voz de los Movimientos, o dirigente da Conacami, Pablo Salas, da região de Puno, confirmou a denúncia pelos seis camponeses assassinados, e disse que os protestos com as autoridades regionais e nacionais “não têm tido respostas”.

Conforme o referente da organização peruana, esta situação de impunidade começou a se expandir durante toda a década dos noventa e continuou nos últimos anos.

A carta enviada a Anaya indica que o governo de Alan García tem “mandado assassinar” os povos indígenas que têm se proposto defender o ambiente, a vida e a defesa do território.

Hoje no Peru existem, conforme este documento, mais de 4.000 solicitudes de concessão mineradora e petroleira, das quais 1500 já contam com a autorização correspondente.

“70% do território da região foi concedido às empresas transnacionais para atividades mineradoras e petroleiras, financiados pelas corporações financeiras da Europa e América do Norte, ficando pendente 30% do território das comunidades indígenas, e onde se realizarão as atividades agropecuárias”, denunciam os habitantes de Puno, uma região que “desde tempos imemoriais é eminentemente agrícola e pecuarista”, atividades que fazem “parte da vida cotidiana dos quechuas e aymaras”.

Foto: www.conacami.org

(CC) 2011 Radio Mundo Real

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