A medida conjunta provocou a ira dos camponeses haitianos, que estão convocando uma mobilização nacional de repúdio para o próximo dia 5 de junho, pelo Dia do Meio Ambiente, conforme disse à Rádio Mundo Real a ativista Iderle Brenus do Movimento Camponês de Papaya (MPP, na sigla em francês), grupo que integra a Via Campesina.

A denúncia da polêmica doação foi conhecida através de um artigo publicado no dia 10 de maio pelo religioso inglês Jean-Yves Urfié, que alertou que junto ao “presente mortal” das sementes modificadas geneticamente, a Monsanto ofereceu ao governo haitiano os adubos e pesticidas associados. “O terremoto do Haiti do passado 12 de janeiro tem sido uma afortunada oportunidade de negócios para alguns”, disse Urfié em sua nota.

Por sua vez, Brenus lembrou que mais de 65 porcento da população haitiana depende do campo, embora as autoridades locais não têm aplicado políticas dirigidas a melhorar a situaçao dos pequenos produtores agrícolas. “Eles trabalham para as multinacionais e contra o povo haitiano”, marcou Brenus.

Foto: Rádio Mundo Real