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4 de Outubro de 2011 | Notícias | Soberania alimentar
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“Terra para o povo, não para o tráfico”, dizia um dos cartazes que os militantes do Movimento de Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) colocaram em uma das três ocupações que realizaram no estado do Rio Grande do Sul, diante de descumprimentos dos governos federal e estadual em matéria de assentamentos.
A referência não foi feita por acaso, claro. Em um dos latifúndios ocupados, no município de Viamão, foi realizada neste ano uma investigação da Polícia Federal que acabou no confisco de mais de duas toneladas de maconha nesse lugar.
Outras duas ocupações foram realizadas neste estado, no município de Vacaria cerca de 400 famílias sem terra ocuparam um terreno fiscal, e em Sananduva cerca de 200 pessoas entraram em uma área de 320 hectares.
Além disso, os mais de mil agricultores do MST que participaram das três ocupações, exigem às autoridades, dentre elas o INCRA (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária), que assumam o compromisso de entregar terras, após três anos sem novos assentamentos no Rio Grande do Sul.
Em uma reunião com representantes do INCRA e do governo gaúcho realizada no fim da semana passada, os delegados do MST insistiram nos termos do acordo firmado em abril e negaram-se a levantar a medida até contar com garantias de que terão terras para todas as famílias ocupantes.
Enquanto isso, a vida continua, conforme o informado pelo site do MST. Há alguns dias, os militantes desta organização que participam da ocupação começaram a cultivar hortaliças, em coordenação com outros assentamentos da região.
O site do MST informa que perto de Viamão já funciona um assentamento onde vivem cerca de 250 famílias, onde se produz arroz e verduras agroecológicas, em um regime de cooperativas de produção.
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