Segundo a TeleSul, o assassinato aconteceu enquanto o referente popular voltava para sua casa em um taxi com um amigo: ao chegar, ambos receberam vários tiros de dois indivíduos sem identificar. No acontecimento, o amigo de Núñez Ochoa, José Andrés Oviedo, também morreu.

O dirigente assassinado fazia parte da comissão de segurança e disciplina da resistência hondurenha e havia alertado a Frente sobre a infiltração de suspeitos que participavam das manifestações populares com o objetivo de saboteá-las. Além disso, havia denunciado ameaças e fustigamentos contra sua pessoa por parte de agentes do Estado.

A Frente em Honduras não só denunciou o fato, como está denunciando o aumento da violência contra os integrantes da resistência pacífica.

Em declarações tomadas pela agência Púlsar, o referente camponês Rafael Alegría afirmou que no governo de Porfirio Lobo -que obteve a presidência no começo deste ano após polêmicas eleições, que foram questionadas pela resistência- continua a mesma “velha institucionalidade” que regia durante o golpe, e insistiu em que ainda havia aumentado a violência contra os dirigentes da resistência popular.

Por sua vez, o dirigente Carlos Reyes disse a Púlsar que o governo atual continuava o processo anti-democrático iniciado depois do golpe de Estado, e indicou que não era certo que Lobo fora eleito em eleições livres.

Foto: Defensores en línea