Atualmente, existem pesquisas que indicam que os palestinos que vivem na Cisjordânia podem utilizar somente um quinto da água de um aquífero compartilhado com Israel, o que é particularmente grave dado que a região atravessa um período de seca.

Este é um dos pontos que aborda um relatório realizado pela organização sulafricana Conselho de Investigaçao de Ciencia Humanas (HSRC, por sua sigla en inglês), que foi elaborado por um grupo de acadêmicos expertos em Direito Internacional do Reino Unido, África do Sul, Israel e Cisjordânia.

O relatório será apresentado oficialmente na Cidade do Cabo na próxima semana, no entanto algumas de suas conclusoes já se tornaram públicas; indicam que Israel se apropriou dos recursos naturais dos Territórios Ocupados e impôs um sistema de dominaçao sobre a populaçao palestina que, segundo os expertos, tem características próprias do colonialismo e corresponde com a definição de apartheid.

Esta apreciação já se ilustra no título do relatório: “ Ocupação, colonialismo, apertheid? Uma reavaliação das práticas de Israel nos Territórios Ocupados em função do Direito Internacional”.

O relatório da organizaçao sulafricana soma-se a outro que esta semana apresentou Oxfam Internacional, titulado “A reconstrução de Gaza: as pessoas antes da política”. Nele indica-se que os 15 milhoes de palestinos que vivem na Franja de Gaza correm o risco de seguir na pobreza devido ao bloqueio exercido por Israel.

Oxfam adverte que os palestinos nao têm possibilidades de reconstruir as 8 000 moradias que foram destruídas devido a incursao militar israelense que aconteceu a princípios deste ano porque Israel nao permite que ingressem materiais de construçao a Gaza.

Neste momento, uma comissao das Nações Unidas encontra-se em Gaza, para investigar as denúncias sobre violaçao dos Direitos Humanos que se produziram durante o ataque.