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1 de Fevereiro de 2012 | Entrevistas | Anti-neoliberalismo
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Embora o começo de sua administração chegou a gerar certas expectativas, o balanço que fazem as organizações sociais da Guatemala sobre o presidente sainte, Álvaro Colom, é totalmente negativo.
As promessas de implementar políticas para fortalecer o desenvolvimento rural ficaram todas pelo caminho e a situação dos setores mais desprotegidos continuou sem mudanças, apesar dos publicitados anúncios do ex-mandatário, que em 2008 falava de uma nova etapa de “privilégio dos pobres”.
No dia 15 de janeiro Alvaro Colom, representante do partido Unidad Nacional de la Esperanza, passou o mandato ao ex-militar Otto Pérez Molina, do Partido Patriota, e tudo indica que a situação dos movimentos sociais guatemaltecos pode piorar.
Ao mesmo tempo as organizações locais advertiram sobre o aprofundamento de um processo de “saqueio dos recursos naturais”, com casos paradigmáticos como o contrato de exploração da petroleira francesa Perenco no departamento de Petén ou a negativa governamental de respeitar as sentenças da CIDH sobre a mineradora Marlin, entre outros episódios.
Manuel Pérez, representante da Coordenadora Nacional de Organizações Camponesas (CNOC) falou sobre a complexidade desta situação em entrevista com a correspondente na Guatemala de La Voz de los Movimientos, o programa de rádio da CLOC Via Campesina.
Para a liderança camponesa, a gestão de Alvaro Colom em matéria de políticas agrárias foi “nula”, e nunca pôde estabelecer uma linha de trabalho tendente ao desenvolvimento rural, algo que exigiram com insistência as organizações camponesas.
A questão do campo ficou “absolutamente estancada” durante a campanha eleitoral de 2011, que abrangeu boa parte da agenda pública.
“Nunca prestou-se atenção a estas demandas, ao invés disso se apostou na criminalização do movimento indígena e camponês, com mais desalojamentos e repressão”, disse Manuel Perez.
O dirigente da CNOC admite que com a posse presidencial do ex-militar Otto Pérez há um panorama de “futuro incerto”. Para ele “o que está claro é que a luta continuará”.
Foto: Prensa Libre
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