17 de julio de 2009 | Entrevistas | Agrocombustibles en Colombia | Soberanía Alimentaria
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A luta pelos direitos de camponeses e mineiros da regiao sul de Bolívar arrebatou um dos filhos de Gabriel Enau , morto pelas maos de forças paramilitares. Porém, isso nao o afungentou de seu objetivo de organizar os povoadores mais humildes do campo para brigar pelo seu direito ao território e por uma vida digna.
Enau é Vice-presidente da Federaçao Camponesa e Mineira do Sul Bolívar, que integra a Via Campesina Colômbia, uma das organizaçoes da Missao Internacional que durante a primeira quinzena de julho percorreu o país e se reuniu em instâncias oficiais em torno ao impacto dos monocultivos de cana e palma azeiteira.
Em diálogo com a Rádio Mundo Real, Enau alinhava sua história pessoal com a saga de deslocamentos, desaparecimento e morte de militantes populares no seu país.
“Através desta multinacional da palma as comunidades vêm sofrendo consequências muito graves”, assinala Enau. “ Como a perda das possibilidades de sobreviver na regiao se vem concentrando na terra, causando dano ao meio ambiente, acabando com os rios, entao se acaba com a pesca que é o suporte de muitas comunidades. Fala-se que o desenvolvimento vem quando sao instaladas as multinacionais e nós, os colombianos, estamos comprovando que isso nao é assim. Porque quando se instala uma empresa e que nao havia uma estrada e nao havia comida para a alimentaçao humana, vemos que é uma grande mentira.”
O dirigente de Vía Campesina Colômbia nao pode ingressar sua custódia armada e acompanhamento internacional na sua regiao, onde ainda reside sua familia. É um dos muitos casos de dirigentes camponeses, operários, sociais ou estudantis que sao perseguidos em seu país, tal e como nao pode deixar de verificar a Missao Internacional. Entretanto, Gabriel Enau nos diz que se nega a declarar-se como “deslocado”.
“O Estado colombiano tenta com que a gente se declare como deslocado para dar-lhe uma ajuda quando na verdade é o próprio estado que gera esse problema para obter mais terras para as multianacionais. Eu nao sou um líder social que se construiu junto às comunidades e defendo um território que é nosso, por isso nao aceito declarar-me como deslocado.”
Na Federaçao convivem camponeses e mineiros, algo que nao é muito comum nas organizaçoes de base. Enau nos explica esta circunstância.
“Somos uma organizaçao de base que nascemos de fortes mobilizaçoes sociais e chegamos à conclusao de fazer uma federaçao de camponeses e mineiros como forma de construir uuma regiao para todos. Desde o campesinato, construindo a soberania alimentária- …-, fomos ensinando ao mineiro que nao apenas se vivia do granito de ouro senao quese cosntruìa soberania”, conta-nos Gabriel Enau sobre a gênese de sua organizaçao na seguinte entrevista.
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