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23 de Novembro de 2009 | Notícias | VI Semana da Biodiversidade | Anti-neoliberalismo
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Os Tratados de Livre Comércio e os mega-projetos destróem os ecossistemas. Também geram pobreza, fome, migração e delinquência. Exploram mão-de-obra barata e violam os direitos dos povos mesoamericanos, sobretudo os originários.
Essas são conclusões às que chegaram mais de 600 participantes da VI Semana pela Diversidade Biológica e Cultural, que terminou dias atrás na comunidade guatemalteca de Yalambojoch, perto da fronteira com o México.
Houve também expressões de solidariedade com os povos de Honduras e do México (pelo golpe de Estado e a invasão de transgênicos, respectivamente); chamados a fortalecer a voz de vítimas da mundança climática e repúdio diante o avanço do Projeto Mesoamericano, antes conhecido como Plano Puebla Panamá
Na VI Semana exigiu-se aos governos centro-americanos a ratificação e o cumprimento do Convênio 169 da OIT, referente aos direitos dos povos indígenas, e convocam ao fortalecimento da comunicação alternativa, como ferramenta para combater o bombardeio informativo.
A declaração final do encontro é muito clara no momento de propôr alternativas: “É urgente que os governos priorizem a vida sustentável dos povos e adotem o Bem Viver como um estilo de vida”.
Para isso é preciso compromisso com a redução dos gases de efeito estufa, proibir as grandes barragens, consultar as comunidades sobre os mega-projetos, deixar os hidrocarbonetos no subsolo, pagar as dívidas ecológicas e deter o desenvolvimento de monoculturas como o da palma africana e a cana-de-açúcar. A VI Semana denunciou ainda a criminalização dos movimentos sociais, e a dramática situação em que estão as mulheres e os jovens na Mesoamérica
“Tivemos uma grande riqueza de irmandade, e é possível dizer que os movimentos sociais da Mesoamérica estejam se consolidando”, avaliou Natalia Atz, integrante de Ceiba-Amigos da Terra Guatemala, um dos grupos organizadores.
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