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19 de noviembre de 2009 | Noticias | VI Semana Biodiversidad | Anti-neoliberalismo
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Algo vai acontecer no México. O cansaço das comunidades sente-se no ar e os processos eleitorais já não geram confiança. Além disso estão em jogo simbolismos históricos: em setembro de 1810 o movimento armado dirigido por Miguel Hidalgo iniciou o primeiro processo independentista, e cem anos depois, em 1910, foi iniciada a Revolução Mexicana, como resposta à ditadura de Porfirio Díaz.
Cansados dos abusos da direita política e da criminalização de suas lutas, os movimentos sociais mexicanos certamente terão algo para dizer em 2010. É o que afirma o ativista Gustavo Castro Soto, de Otros Mundos Chiapas, seção mexicana da Amigos da Terra, durante sua fala na VI Semana da Diversidade Biológica e Cultural, que está sendo realizada na comunidade guatemalteca de Yalambojoch.
Castro falou dos empréstimos milionários que o governo de seu país tramitou com os organismos de crédito; a privatização das companhias públicas de energia; a consequente entrada ao mercado de Union FENOSA, Iberdrola, Endesa e General Electric e os cortes no orçamento para a saúde e educação.
Afirmou que o chamado Plano México com os Estados Unidos se apresenta como uma forma de combater o narcotráfico, mas que no entanto seu objetivo consiste dar melhor equipamentos para a polícia e o exército para criminalizar e reprimir o protesto social.
Castro Soto lembrou que o ex-presidente mexicano Vicente Fox iniciou um processo de entrega de concessões mineradoras com consequências muito graves. Segundo ele, atualmente 10 porcento do território mexicano está destinado a concessões mineradoras, que beneficiam sobretudo a empresas canadenses dedicadas à exploração de ouro.
Somente no Estado de Chiapas há 97 licenças mineradoras, que cobrem uma área de 1.200.000 hectares, e já foram cultivados um milhão de hectares de palma africana para agrocombustíveis. O representante de Otros Mundos Chiapas também contou sobre os planos de construção de cinco barragens hidrelétricas nesse Estado, e da resistência aos projetos de infra-estrutura que está acontecendo em todo o México.
Foto: Indymedia Chiapas
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