Nessa ocasião, os mandatários Laura Chinchilla da Costa Rica, Porfirio Lobo Sosa de Honduras, Álvaro Colom de Guatemala, Mauricio Funes de El Salvador e Ricardo Martinelli do Panamá -junto ao vice-presidente da República Dominicana, Rafael Alburquerque, e ao ministro de Recursos Naturais e Meio Ambiente de Belice, Gaspar Vega-, firmaram uma declaração que pede a volta de Honduras à OEA, organismo do que foi suspendida por unanimidade, após o golpe de Estado cometido no país no dia 28 de junho de 2009.

A declaração contou com o repúdio do presidente nicaraguense, Daniel Ortega, que indicou que ela fazia um “grande dano à integração e à unidade centro-americana”.

"Aqui [na Nicarágua, no ano passado], o SICA aprovou uma resolução onde ficou claro que Honduras não podia ser reconhecida, até que não fossem estabelecidas as condições para que se pudessse dar esse reconhecimento", disse o mandatário, conforme consta no jornal oficial da Frente Sandinista de Liberação Nacional.

Ortega considerou a decisão de “absurda e ridícula” e disse que violentava a anterior posição que havia tomado o SICA sobre este tema, já que opinou que devia se aguardar o que determinasse a OEA quanto ao cumprimento de Honduras das condições exigidas para que o país fosse considerado democrático.

Por sua vez, Lobo indicou que o presidente da Nicarágua devia refletir e deixar de se opor à expulsão de Honduras das instâncias internacionais. “Se que no fundo de seu coração, quer que todos os centro-americanos estejamos unidos e vamos estar juntos todos”, afirmou, conforme o jornal hondurenho La Tribuna.

Está previsto que no próximo dia 30 de junho seja realize uma reunião da Assembléia Geral da OEA na sede do organismo, em Washington, onde será analisada a reincorporação de Honduras.

Recentemente, a Frente Nacional de Resistência Popular hondurenha, que reune uma ampla plataforma de movimentos e organizações sociais que se articulou para rejeitar o golpe de Estado perpetrado há um ano atrás no país, emitiu um pronunciamento onde reafirmava seu repúdio ao governo de Lobo, ao que considera continuista do regime, e exigia a OEA que não voltasse a admitir Honduras no organismo.

Image: www.resistenciahonduras.net