O direito à vida com dignidade, os conceitos de soberania e segurança alimentar permitindo o comércio direto dos produtos camponeses, a reivindicação da democracia, o respeito aos direitos humanos e reconstrução das economias camponesas e agropecuárias fazem parte dos quatorze pontos do Mandato Agrário.

“Falamos de uma economia para o Bem Viver que significa políticas meio-ambientais com a assistência técnica de que verdadeiramente precisam as comunidades camponesas”, disse Liliana, indicando que em função dessa plataforma foi realizada a resistência aos tratados de livre comércio, entre outras iniciativas governamentais.

O CNA faz parte da Coordenadora Latino-americana de Organizações do Campo (CLOC- Via Campesina) e participou através de sua representante Liliana Ortega no encontro de comunicadores onde foram compartilhadas experiências de comunicação destinadas a incidência em políticas públicas.

“A inexistência de soluções tornam permanente a migração do campo à cidade, onde não existem opções para que o camponês desenvolva seu trabalho”, disse Liliana, o que não se resolve com o generalizado “subsidio de desalojado” de três meses de duração. “Através das mesas instaladas como parte do Mandato Agrário, queremos que o camponês possa voltar a sua terra sem medo”.

A ativista disse que o governo de Álvaro Uribe nunca cumpriu com os compromissos assumidos durante sua administração pela pressão exercida pela aliança denominada “Congresso dos Povos”, e portanto foi solicitado colaboração internacional. Isto tem resultado na presença na Colômbia do ex-juíz espanhol Baltasar Garzón como parte do trabalho de relevamento da situação.