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4 de Fevereiro de 2010 | Notícias | Direitos humanos
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Nesta segunda-feira soube-se que o Instituto Brasileiro de Meio Ambiente (Ibama) habilitou a licença para construir a barragem hidrelétrica de Belo Monte, no estado do Pará. A reação das comunidades indígenas e organizações sociais que questionam os planos governamentais para o rio Xingú foi imediata.
Para este caso contam com o apoio do Ministério Público Federal, que anunciou sua intenção de recorrer a tribunais internacionais se a justiça brasileir não anula a concessão a privados,
O presidente do Conselho Indigenista Missionário (CIMI), Don Erwin Kräutler, reuniu-se na segunda-feira com as autoridades do Ibama para sua oposição à decisão, embora aparentemente não foi bem-sucedido. Na saída do encontro o religioso disse à imprensa que o projeto Belo Monte acabará sendo um “desastre irreversível”.
A agência de notícias Adital, informou que a licença prévia para a construção da hidrelétrica foi realizada com “fortes irregularidades”, e as audiências públicas com as comunidades indígenas –potencialmente as principais atingidas- foram insuficientes.
Os planos para construir barragens sobre o rio Xingú -que atravessa os estados de Mato Grosso e Pará, até desembocar no Amazonas-, começaram no fim da década do setenta, e se detém através de uma grande mobilização em 1989. Mas junto com o século XXI chegaram planos governamentais para retomá-lo.
Este rio percorre cerca de dois mil quilômetros e mais da metade de seu território de influência está composto por áreas protegidas. Estima-se que cerca de 14 mil indígenas vivem à beira do Xingú e seriam desalojados pelas inundações que provocaria a construção da barragem, afirmam as organizações.
Uma delas, a Rede Brasileira de Justiça Ambiental iniciou esta semana uma campanha internacional para enviar pedidos de cancelamento do projeto ao presidente Luiz Inácio “Lula” Da Silva, aos ministros de Energia e Meio Ambiente, e à direção do Ibama.
É possível apoiar a campanha em defesa do rio Xingú através do site.
Foto: Os Verdes
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