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7 de Fevereiro de 2011 | | |

Desumano

Multinacional produtora de sementes é sancionada por utilizar trabalho escravo na Argentina

No fim de 2010, muitos argentinos se surpreenderam com a notícia: cerca de 130 trabalhadores rurais que trabalhavam para a multinacional Nidera, numa fazenda em Buenos Aires conhecida como El Algarrobo, foram encontrados em regime análogo à escravidão.

Desde que a notícia saiu à tona, o Ministério de Trabalho e a Administração Federal de Rendas Públicas (AFIP) têm aumentado os controles e os resultados não são menos indignantes.

Há alguns dias soube-se que o governo argentino sancionará o grupo DuPont Argentina, e suas subsidiárias Pioneer e Adecco, depois que inspetores de trabalho encontraram um acampamento de trabalhadores numa exploração agrícola na província de Córdoba, e um caso que não hesitaram considerá-lo “tráfico de pessoas".

"Estamos falando de escravidão. No século XXI não podemos permitir que isto ocorra", disse em rodada de imprensa o porta-voz da AFIP, Ricardo Echegaray. O funcionário disse em entrevista com o cana público 7, que a multinacional DuPont tem ganhado "fortunas" na Argentina utilizando trabalho escravo, e pediu que a justiça “coloque atrás das grades” os responsáveis desta situação.

A maioria dos 150 trabalhadores que foram encontrados no estabelecimento agrícola cordobês haviam sido contratados para “desfolha de milho”, trabalho que as transnacionais de sementes como DuPont, Nidera, Status Ager, e Southern Seeds precisam para obter sementes híbridas.

São feitas através de serviços de empresas de contratação de pessoas, logística e supervisão de trabalhos de campo, como SMW Agro, Adecco e Manpower, conforme uma investigação da Agência Jornalística do Mercosul (APM).

A agência revelou depoimentos dos assalariados que eram explorados pela DuPont, uma corporação de origem estadunidense. “Nem sequer sabemos quanto vão nos pagar pela hora”. “Nem sequer sabemos quando vamos voltar”. “Quando alguém se queixou, castigaram todo o grupo”, são frases dos trabalhadores, a maioria deles provenientes da província de Santiago del Estero.

A AFIP já anulou benefícios econômicos que possuía a multinacional, dentre eles o da aduana domiciliar, conforme Página 12. As empresas acusadas pela “redução à servidão” dos trabalhadores rurais tampouco poderão ser fornecedoras do Estado e serão eliminados todos os seus benefícios creditícios, fiscais e aduaneiros, conforme o jornal.

Foto: Telesul

(CC) 2011 Radio Monde Réel

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