“Terra, território e dignidade” foi o lema central desse encontro celebrado da segunda-feira (20) e quarta-feira (22) na capital do Brasil, finalizando com uma importante mobilização levada adiante na Praça dos Três Poderes junto ao Congresso, o Poder Executivo e o Judiciário.

Uma das mesas temáticas destacou a importância da agroecologia como conjunto de práticas e técnicas agronômicas e produtivas que permitem produzir alimentos sem o uso de agrotóxicos e insumos químicos, respeitando a biodiversidade e os sistemas, sendo pilar fundamental da construção da Soberania Alimentar.

Valter Da Silva resumiu o processo de mais de um ano de construção deste Encontro Unitário que permitirá “projetar uma luta unitária comum, a partir de uma análise histórica comum, o que é muito importante para nós”.

“Estamos diante de uma nova fase do capitalismo no campo, tomando posse ainda mais claramente dos territórios camponeses e indígenas. Nestes momentos o agronegócio funciona como um pacto de poder entre os latifundistas, as transnacionais e o capital financeiro. O agronegócio hoje é quem realiza o equilíbrio na balança comercial do país” daí que seja beneficiado através de políticas públicas, refletiu o dirigente camponês entrevistado via telefone desde Brasília.

Segundo Valter, existem cerca de 27 formas diferentes do campesinato brasileiro, todas elas atingidas por este modelo de produção. “Essas três palavras –terra, território e dignidade- têm uma tonelada de conteúdo cada uma. Isso é o que nos mobilizou e nos unificou”, resumiu após criticar por inoperantes as políticas públicas destinadas a fomentar a produção camponesa em seu país, em especial na última fase conduzida pela mandatária Dilma Rousseff.

Ouça a entrevista com a liderança del MPA no áudio em anexo.

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