19 de noviembre de 2009 | Noticias | Soberanía Alimentaria | Souveraineté Alimentaire des Peuples Maintenant !
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A principal luta da União Nacional de Organizações Regionais Camponesas Autônomas do México (UNORCA) é poder recompor o tecido camponês e rural num país cujo campo tem sido devastado tanto pelo agronegócio como pelos acordos comerciais.
É o que comenta desde Roma Olegario Carrillo Mesa, representante da UNORCA no Fórum Soberania Alimentar dos Povos Agora! que termina nesta quarta-feira (18) na capital italiana com uma série de exigências à institucionalidade mundial que regula a Agricultura e a Alimentação, a FAO.
A propriedade da terra comunitária é uma das questões fundamentais nesse processo de luta do campesinato mexicano e outra não menos importante é a definição orçamentária que vai reger para 2010 no governo federal mexicano e quantos desses recursos serão destinados a fortalecer a produção alimentar dos camponeses.
Durante o Fórum ficou claro o caráter includente e amplo da luta pela soberania alimentar. De fato cerca de 140 pessoas das mais diversas organizações participaram dele, provenientes dos cinco continentes.
“Neste Fórum dos Povos pela Soberania Alimentar -explica Paul Nicholson da Via Campesina- estou sentindo um clima e uma vontade de alianças da sociedade civil, realmente estremecedor”.
“O paradigma da soberania alimentar tem tido a capacidade de reunir movimentos muito diversos: organizações camponesas, de consumidores, de mulheres rurais, de pastores, de pescadores, de jovens rurais, de desenvolvimento”, indica Nicholson, definindo isto como “a biodiversidade das alianças”.
Voltando ao caso mexicano, a partir da instalação do Tratado de Livre Comércio da América do Norte (NAFTA, sigla em inglês) a crise do setor rural camponês e indígena tem se aguçado dramáticamente segundo Olegario.
No entant e apesar das enormes dificuldades do processo de alianças e lutas camponesas na América Latina e no mundo todo, Olegario é confiante em que as lutas dêem seus frutos porque, diz, “não se trata de reclamar, e sim de agir”.
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