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20 de Abril de 2009 | Notícias | Justiça climática e energia
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Em março pediram uma audiência ao presidente Felipe Calderón e não foram atendidos. Agora, as organizações mexicanas que resistem a construção de novas mega-barragens promovem uma campanha de abaixo-assinado para dar mais força a suas demandas.
Pedem a cancelação definitiva dos projetos hidrelétricos de La Parota, Paso de la Reyna, El Zapotillo e Arcediano, e exigem uma indenização justa para as centenas de atingidos pela construção da barragem El Cajón.
O Movimento Mexicano de Atingidos pelas Barragens e em Defesa dos Rios (MAPDER) pede que se acompanhe um manifesto público que propõe a trágica situação que vivem muitas comunidades mexicanas e exige às autoridades soluções imediatas.
Sob água. É como considera o MAPDER que ficarão milhares de lares rurais se continuarem avançando os projetos hidrelétricos em questão.
Na mira das organizações mexicanas estão os que promovem estas obras, as empresas para-estatais Comissão Federal de Eletricidade (CFE) e Comissão Nacional da Água (CONAGUA), às que acusam de violar sistematicamente os direitos das comunidades.
Ambos organismos tem agido “na ilegalidade e impunidade”, conforme os grupos mexicanos que apóiam o documento.
Conforme o MAPDER, no México já existe capacidade instalada de geração de energia que supera em 48% a demanda atual e por isso surge a pergunta obrigada.
“Desenvolvimento para quem? Se os projetos não significam desenvolvimento integral para a população, não é desenvolvimento”, afirmam no manifesto que entregaram a Calderón na casa presidencial de Los Pinos
Além disso de um debate de modelos energéticos, este é um conflito territorial, que manifesta a questão da propriedade da terra. O MAPDER teme que se este processo for aprofundado, as terras ancestrais e comunitárias mudarão de donos em poucos anos.
Para o movimento se tudo continuar como até agora esses territórios pertencerão às construtoras internacionais de barragens e as transnacionais da eletricidade, que encontraram um gigantesco mercado de negócios nos marcos do Projeto Mesoamericano, antes conhecido como Plano Puebla Panamá.
A campaña dos grupos mexicanos anti-barragens termina dia 28 de abril e é possível apoiar o documento através do site: http://www.rmalc.org.mx/manifiesto/index.php
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