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6 de Julho de 2011 | | |

Caminhando

Caravana percorre norte peruano em defesa da água e contra a mineração

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Desde sábado e até a próxima sexta-feira, está sendo realizada no Peru uma mobilização denominada “Caravana Comunitária em Defesa das Fontes de água e o Modelo Agroexportador”, onde participam várias organizações, atores sociais e políticos desse país.

A caravana, que partiu da cidade de Piura, irá até a capital da província de Huancabamba, passando pelo distrito de Carmen de la Frontera, o complexo das lagoas das Huaringas, o distrito de Pacaipampa, a Comunidade Campesina de Yanta, a cidade de Ayabaca, o distrito de Montero, para empreender posteriormente o retorno à cidade de Piura.

Está organizada pela Federação Provincial de Comunidades Camponesas de Ayabaca (Feprocca) e pelo chamado Comitê de “Rondas” de Hualcy.

Faz parte da "Campanha de Zonas Livres de Mineração”, promovida desde o ano passado pela Frente pelo Desenvolvimento Sustentável da Fronteira Norte do Peru (FDSFNP), Muqui – Rede Proposta e Ação (CooperAcción) e o Comitê Acadêmico Técnico de Assessoramento a Problemas Ambientais (Catapa).

Conforme a Agência de Notícias Biodiversidade, com a caravana pretende-se "promover a preservação de áreas naturais e evitar a geração de conflitos sócio-ambientais provocados pela imposição de atividades mineradoras dentro de territórios comunitários”. Por isso, está previsto que os participantes da mobilização entrem em contato com as comunidades camponesas que visitarão durante o trajeto, conhecendo as estratégias de resistência que desenvolvem frente ao modelo que intentam impor.

Com a campanha da qual faz parte a caravana, pretende-se colocar a atenção tanto da sociedade peruana quanto das autoridades do país sobre os impactos que gera a mineração nas províncias de Ayabaca, Huancabamba, Jaén e San Ignacio, já que 25% dos territórios dessas províncias do Norte peruano foram concedidos a empresas mineradoras.

No Peru 20 milhões de hectares, cerca de 16% do território, está ocupado por concessões mineradoras, disse o economista José de Echave, da Rede Muqui, conforme a agência Púlsar. “Este crescimento tem ocorrido com um marco legal muito favorável para os investimentos e tem ido criando situações muito mais favoráveis para as empresas e muito mais desfavoráveis para as comunidades”, acrescentou.

Na zona onde se está realizando a caravana, a maior das lutas é contra o projeto “Río Blanco” (Mineradora Majaz), uma iniciativa que tem sido associada com graves violações dos direitos humanos, que incluem mortes e denúncias por sequestro e tortura de opositores ao projeto. Por sua vez, conforme Biodiversidad, em uma consulta comunitária levada a cabo em 2007, 97% das populações locais expressaram estar contra a atividade mineradora na região.

Os organizadores das mobilizações da "Campanha de Zonas Livres de Mineração” advertem sobre os riscos que a mineração representa para o fornecimento de água das comunidades, já que contamina suas principais fontes de abastecimento do recurso.

Imagen: http://foronacionaldelospueblos.wordpress.com

(CC) 2011 Radio Monde Réel

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