Foi o que afirmou o presidente da Amigos da Terra Internacional, Nnimmo Bassey, conforme um comunicado de imprensa da federação ambientalista, após a dura repressão policial utilizada contra os manifestantes que na quarta-feira quiseram entrar no Bella Center, em Copenhague, onde foi realizada a COP 15 de Mudança Climática das Nações Unidas.

Cerca de 5.000 integrantes de movimentos e organizações sociais de diversas partes do mundo fizeram no dia 16 uma ação de desobediência civil pacífica. Foi organizada pelo grupo Ação pela Justiça Climática. Marcharam várias quadras até chegar ao Bella Center e tentaram atravessar o cordão policial apenas pressionando juntos. Foram severamente reprimidos pela polícia, atacados com gases lacrimogêneos.

Mais de 250 pessoas foram detidas nesse dia. Várias delas ficaram detidas e dois ativistas são acusados de organizar uma manifestação violenta. Essas duas pessoas foram ao juíz e ficaram até o dia 23 de dezembro detidas.
As pessoas que estavam dentro do Bella Center não puderam sair para receber os manifestantes e várias pessoas foram agredidas ali também.

Apesar da brutal repressão policial, cerca de 2.000 pessoas estiveram unidas e realizaram a Assembléia dos Movimentos Sociais sentados na rua, cercados de policiais, muito perto do Bella Center. Ali falaram vários representantes de movimentos e organizações sociais, ativistas do Sul. Depois voltaram em marcha até o centro de Copenhague.

As detenções desse dia somaram-se às milhares realizadas em dias anteriores. No sábado, quando 100.000 pessoas marcharam em Copenhague no Dia de Ação Global pela Justiça Climática, a polícia quase mil pessoas. Num intenso frío, os policiais deixaram-nas sentados no chão durante quatro horas, com as mãos presas e sem poder ir ao banheiro. As pessoas detidas acusam à polícia dinamarquesa de tê-las torturado.

O presidente venezuelano, Hugo Chávez, saudou os que estiveram se manifestando nas ruas em seu discurso no Plenário da COP. Assim como os ativistas, Chávez exigiu “mudar o sistema, não o clima”.

Por sua vez, o presidente boliviano, Evo Morales, pediu os povos indígenas do mundo unidade e organização para salvar à Mãe Terra. “Nós somos os chamados a liderar esta luta em defesa da Mãe Terra e fazer respeitar seus direitos”, disse durante um encontro com representantes de povos e comunidades indígenas presentes na COP, conforme à Agência Boliviana de Informação.

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