16 de febrero de 2009 | Noticias | Soberanía Alimentaria
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De tempo em tempo, as páginas dos jornais paraguaios mostram alguma fotografia de camponeses ou indígenas que acampam nas praças de Assunção. A foto nunca é muito grande, e as notas explicativas tampouco são extensas; nelas não faltam expressões que consideram o problema como "eterno", e apenas chegam a mostrar um conflito que permanece ai, latente.
Há alguns dias, a Praça Uruguaia da capital do Paraguai é o cenário de protesto das comunidades indígenas dos departamentos de Canindeyu, San Pedro e Caaguazú. Conforme o veículo Jakueke, o que exigem os cerca de cem moradores originários que acampam ali é que o Instituto de Desenvolvimento Rural e da Terra (INDERT) lhes conceda os títulos de propriedade sobre as terras fiscais que se disputam com produtores "brasiguaios", uma denominação com a qual se conhece no Paraguai aos latifundistas de origem brasileira.
Estes produtores além disso tem relação com o modelo que promove a monocultura da soja, conforme têm denunciado os movimentos camponeses.
Em declarações a Jakueke feitas por Alcides Silva, o dirigente afirmou que os brasiguaios não respeitam as plantações dos indígenas e fumigam sobre suas casas, o que gera sérios problemas para sua saúde.Alcides Silva disse ainda que não deixariam a praça até que o INDERT lhes desse os títulos das terras, e afirmou que se sentiam desprotegidos pelas autoridades, já que não sancionavam os produtores brasiguaios por seu comportamento.
Conforme o jornal paraguaio Última Hora um indígena denunciava que haviam fugido de suas terras porque os brasileiros "os atacavam com o veneno".
No entanto e apesar desta nova denúncia, por enquanto a única resposta diante das reiteradas exigências dos indígenas tem sido a da prefeita de Assunção, Evanhy de Gallegos, que afirmou que considera cercar as praças onde estão sendo realizados os protestos para desestimular as manifestações.
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