22 de agosto de 2011 | Noticias | Derechos humanos
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Com uma mobilização de centenas de milhares de pessoas, o Chile voltou neste domingo a ser cenário de uma nova manifestação a favor da reforma de seu sistema educativo.
A mobilização foi denominada “domingo familiar pela educação” e foi realizada na capital do país, Santiago. Ali, entre lemas como "Vai cair, vai cair, a educação de Pinochet" e "Plebiscito agora!", os manifestantes exigiram a realização de uma consulta popular com caráter vinculante que estipula mudanças estruturais no sistema educativo, que estejam muito além das propostas paliativas que o governo do direitista Sebastián Piñera propõe para aplacar os protestos.
O sistema educativo atual, regido principalmente pelo lucro, foi instaurado durante a última ditadura militar que atravessou o país, entre 1973 e 1990. Este período autoritário acabou com o governo do presidente socialista Salvador Allende, e foi liderado pelo ditador Augusto Pinochet.
A mobilização deste domingo é apenas uma das medidas de pressão que estudantes e professores realizam para protestar contra o sistema educativo e exigir que seja gratuito ao governo de Piñera. Outra das medidas é uma greve de fome que estão realizando há mais de um mês 42 estudantes, três dos quais tiveram que ser hospitalizados por essa causa.
Mas a mobilização do domingo também foi o preâmbulo de uma semana de intensas mobilizações que contam com o apoio da maior das centrais de trabalhadores do país, a Central Unitária de Trabalhadores. Essa central está organizando uma greve nacional para os próximos dias, com uma plataforma que exige uma nova Constituição, uma política econômica democrática e redistributiva, e um plebiscito que permita resolver a crise da educação.
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