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13 de Julho de 2010 | Entrevistas | Consulta Regional da OSC para a Posse da Terra e Recursos Naturais | Soberania alimentar
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O primeiro que fica claro ao conversar com Antonio Onorati -representante do Comitê Internacional para a Soberania Alimentar que está participando da Consulta Regional das OSC da Europa, Ásia Central e Ocidental sobre as Diretrizes Voluntárias para a posse da Terra e dos Recursos Naturais da FAO (sigla em inglês para Organização das Nações Unidas para a Agricultura e a Alimentação )- é que o encontro que está sendo realizado em Roma, faz parte de um proceso amplo que começou há vários anos, e que teve como protagonista os movimentos da sociedade civil.
Como indicou Onorati em entrevista com Rádio Mundo Real, aqueles que produzem alimentos não possuem recursos econômicos, não têm influência nos governos, e a terra não está sob seu controle. Para ele, o problema central está no acesso e controle da terra está no capital financeiro. Por isso, da sociedade civil tem se mantido a luta para obter instrumentos que defendam os direitos daqueles que produzem alimentos.
"É uma luta muito longa", indicou Onorati em diálogo com Rádio Mundo Real, e indicou como pontos fundamentais no proceso: a proposta realizada pela sociedade civil em 1996, onde se exigia que o assunto fosse tratado em nível de governo global e das Nações Unidas, e a conferência sobre reforma agrária. Depois, disse que o assunto voltou a se fortalecer em 2007, nos marcos da crise alimentar, e da intensificação da conflitividade social, por causa do problema da concentração da terra.
"Os movimentos sociais compartilham a necessidade de melhorar o acesso ao controle da terra, claro, defendendo interesses totalmente distintos. Nesse enfrentamento, diálogo, discussão, conflito, foram desenvolvidos alguns instrumentos institucionais. Um desses instrumentos institucionais é a idéia de estipular um marco, que se chama linhas diretrizes, que são referências para os governos, voluntárias ou obrigatórias, isto depende da força que temos, e que um primeiro esboço destas diretrizes é realizada com um trabalho da FAO como burocracia, como um trabalho técnico", mas os movimentos da sociedade civil consideraram-nas interessantes, desde que tivessem participação, acrescentou Onorati
Na entrevista Onorati considerou que a instância de Roma, é um passo importante neste processo de difundir a voz dos movimentos da sociedade civil, mas destacou que trata-se de um longo caminho que, embora tem tido importantes fases, ainda não tem terminado.
Foto: Rádio Mundo Real
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