9 de mayo de 2011 | Noticias | Anti-neoliberalismo | Derechos humanos | Industrias extractivas | Luchadores sociales en riesgo
Um “doido” muito bacana
Continuam os reconhecimentos a ativista ambiental salvadorenho, ganhador do prêmio Goldman 2011
O Movimento de Vítimas, Afetados e Afetadas pela Mudança Climática da América Central (MOVIAC na sigla em espanhol) e CESTA – Amigos da Terra El Salvador, renderam homenagem ao ativista salvadorenho Francisco Pineda, ganhador do prêmio internacional Goldman 2011.
Ambientalistas e afetados pela mudança climática reconheceram o importante trabalho de Pineda e catalogaram-no como “herói ambiental” (ver vídeo embaixo), em cerimônia realizada no dia 2 de maio, em San Salvador, capital de El Salvador, embora Pineda recebera a condecoração internacional no dia 12 de abril na Califórnia, Estados Unidos.
O prêmio Goldman é entregado anualmente pela fundação do mesmo nome, em reconhecimento a lutadores e lutadoras defensores do meio ambiente em todos os continentes. Em se tratando de matéria ambiental, é um dos prêmios de maior prestígio no mundo. Outro salvadorenho já ganara o premio em 1995. Trata-se de Ricardo Navarro, presidente de CESTA – Amigos da Terra El Salvador e ex-presidente de Amigos da Terra Internacional.
A luta de Pineda caracteriza-se, especialmente, pela resistência oferecida a Pacific Rim, que envolveu os ativistas de Cabanhas e de comunidades locais em vários juízos, agressões e até assassinatos. O próprio Pineda e sua família foram ameaçados de morte.
O ganhador do Goldman 2011 tem sido uma das principais vozes em reclamar justiça pelos casos de assassinatos em Cabanhas. De fato, Pineda lembrou aos ativistas assassinados, no momento de receber seu prêmio e em várias ocasiões.
Em 2009, foram assassinados Marcelo Gustavo Rivera, Ramiro Rivera Gómez e Dora Alicia Recinos, que faziam parte da resistência oferecida à outorga de licenças de explotação mineira canadense.
Na mesma entrevista coletiva em que CESTA – Amigos da Terra El Salvador cumprimentou a Pineda, após de obter o Goldman 2011, o ativista reconheceu que seu prêmio é compartilhado com diversas organizações sociais e pessoas a nível nacional, que trabalharam junto na luta contra a mineração.
No seu discurso, enviado a Radio Mundo Real pela equipe de CESTA, Pineda também lamentou que no seu país se chame de “loucos” e “anti-desenvolvimento” às pessoas que defendem o meio ambiente. Seu prêmio o compromete a continuar “a luta até tirarmos fora do nosso país às empresas que nos ameaçam com a mineração”, acrescentou.
