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27 de Setembro de 2011 | Notícias | Congresso Nacional de Terras, Territórios e Soberanias | Direitos humanos | Soberania alimentar
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Faltando dois dias para o início do Congresso Nacional Terras, Territórios e Soberanias (CNTTS) em Cali, Colômbia, destaca a necessidade de uma agenda comum rumo à construção de “poder popular”, ao tempo que destaca-se o alerta por projetos extrativos nesse país.
Rafael Coicue, integrante da Associação de Cabildos Indígenas do Norte de Cauca (ACIN), organização anfitriã do evento e dinamizador da Minga de Resistência Social em entrevista com Rádio Mundo Real manifestou a expectativa pelo encontro e fez a convocatória para dentro e fora do território colombiano.
Coicue disse que as principais preocupações de sua organização têm a ver com a agenda legislativa vigente, assim como as chamadas “cinco locomotivas” que orientam o governo de Juan Manuel Santos.
Também informou sobre as marchas que chegarão até Cali no dia 29 dando inicio ao CNTTS. A entrevista foi realizada no município de Santander de Quilichao, Norte do Cauca na Sede da ACIN.
Particularmente, Coicue destacou as expectativas sobre o sétimo ponto de debate do CNTTS que é sobre “Conflito Armado e Guerra”, já que ele tem “batido muito forte” nas organizações indígenas do Norte do Cauca e de toda a região do sul ocidente colombiano. “Desde a criação da ACIN temos sido muito claros quanto à autonomia e à luta social e civil” disse Rafael indicando que na atual conjuntura “a guerra está sendo muito dura”.
“Ultimamente aqui no sul-ocidente com instalação do Batalhão de Alta Montaña temos tido muitos conflitos. Batalhões, campos minados, detenções, assassinatos, casas destruídas, crianças mortas... devemos deixar estabelecida uma proposta política, vê-lo do ponto de vista das responsabilidades e compromissos dinâmicos e ir construindo planos de vida para depois da guerra” disse o líder indígena à Rádio Mundo Real. Os organizadores consideram fundamental a realização de uma “consulta popular por um processo de paz na Colômbia”.
“Nós, organizações sociais podemos construir nossos próprios mandatos”, concluiu Rafael Coicue.
Foto: www.witnessforpeace.org
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