O texto assinado pelas assembléias de moradores auto-convocados de Loncopué (AVAL), Campana Mahuida (AVACAM) e AFR Huecú-Có, e pela Comunidade Mapuche Mellao Morales adverteu que o ataque «foi realizado num terreno sob a guarda da Municipalidade de Loncopué, a mesma que apóia a companhia mineradora chinesa e a política saqueadora», pelo que responsabilizaram o município de «omitir as proteções mínimas para evitar que se repitissem previsíveis ações violentas».

No fim de dezembro de 2009, o diretor da FM Arco Iris, Norberto Guerrero, foi advertido para retirar a antena de transmissão. No entanto, a rádio conta com a autorização correspondente .

Nessa ocasião também cortaram cabos e o fornecimento de energia elétrica da rádio. «Tudo tem a ver com a questão desta luta dos moradores auto-convocados contra este empreendimento minerador a céu aberto de cobre na zona de Campana Mahuida», afirmou Guerrero.

O proprietário da FM explicou: «O fato de estar administrando um veículo de comunicação abre as portas para ter acesso a informação, (...) então começamos a perguntar, porque aqui foi detido outro projeto minerador de ouro, a cerca de 10 quilômetros de Loncopué».

«Não somos vítimas. Somos lutadores conscientes de que seu objetivo é silenciar nossa rádio», afirmam no comunicado os grupos de moradores e indígenas.

Sobre o futuro da FM Arco Iris, Guerrero expressou: «Não sabemos quanto tempo vamos estar fora do ar, (...) uma proposta dos moradores (...) é colocar urnas nos mercados e, além disso, fazer este periódico da rádio em versão papel».

Foto: http://www.8300.com.ar/