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15 de Março de 2014 | Informes especiales | Colombia: Cúpula Nacional Agrária | Direitos humanos | Lutadores sociais em risco
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Na manhã da quinta-feira 13 de março na capital da Colômbia, Bogotá, foi realizada uma rodada de imprensa de lançamento da Cúpula Nacional Agrária: Camponesa, Étnica e Popular, na sede da Organização Nacional Indígena da Colômbia (ONIC).
Os principais oradores foram Fernando Arias, membro da Organização Nacional Indígena da Colômbia ONIC; Olga Quintero, integrante da Mesa de Interlocução Agrária (MIA) e Marcha Patriótica; José Santos membro do Proceso de Comunidades Negras (PCN), e Ricardo Herrera, dirigente da Coordenadoría Nacional Agrária (CNA) e do Congresso dos Povos.
Mais de quatro mil homens e mulheres dirigentes, de diversos setores agrários e organizações sociais e populares, foram convocados para tratar temas centrais da conjuntura política nacional, referentes que dizem respeito ao território e a territorialidade camponesa. Além da política mineradora-energética e suas conseqüências em termos de desapossamento de terras, desterritorialização, conflitos pela água e a soberania alimentar, entre outros.
Também pretende-se tratar a questão de direitos sociais e garantias do povo colombiano. Os cultivos de coca, cannabis e papoula serão outro das questões principais do encontro do próximo fim de semana na Cúpula, que será realizada na Plazoleta de los Artesanos.
Estrutura
Na rodada de imprensa destacou-se o objetivo de construir uma pauta unitária entre as organizações campesinas, agrárias, indígenas e negras, para, a partir disso fazer uma proposta qualificada e em conjunto, para “resolver os problemas políticos e estruturais que, atualmente, continuam sem ser resolvidos”, disse Fernando Arias, representante das comunidades indígenas pertencentes à ONIC.
Sobre os oito meses de espera das organizações agrárias, nos quais ainda não foram cumpridos os acordos feitos durante a greve de agosto de 2013, os porta-vozes da Cúpula reconheceram a necessidade de ter negociações não fragmentadas, uma estratégia que deveria ter sido utilizada pelo governo de Santos no ano passado. Por isso, a importância de atingir uma pauta unitária, superando a espontaneidade das jornadas anteriores.
A Cúpula buscará definir uma agenda de ação articulada para este ano, e analisará as opções de mobilizações, não se descarta uma nova greve nacional. “Devido à falta de vontade política do Estado colombiano, são chamados à unidade o setor camponês, indígena, negro, agrário e popular da Colômbia a realizar uma cúpula nacional onde avaliássemos essa falta de vontade política” disse Olga Quintero da MIA.
Por sua vez, José Santos, porta-voz das comunidades afrocolombianas, falou do cansaço e a descrença das organizações sociais e populares que nasce da falta de interesse do governo y abusos. Isto segundo ele levou à consolidação de uma força social e organizativa que a partir do consenso político e plural propõe uma união entre o rural e o urbano.
Como ato de encerramento da Cúpula, no dia 17 de março se realizará uma marcha do Coliseo El Campín, situado no centro da capital colombiana até a Praça de Bolívar. Ali, no emblemático cenário, será entregue à sociedade, as conclusões resultado dos debates interétnicos e intersetoriais.
* Assista abaixo o vídeo da rodada de imprensa, realizado por Contagio Radio da Colômbia.
Imagen: Radio Mundo Real / CENSAT Agua Viva AT Colombia.
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