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29 de Março de 2010 | Notícias | Honduras Livre | Direitos humanos
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A Frente Nacional de Resistência Popular de Honduras denuncia que está sendo executada no país uma estratégia de imobilização e extermínio dos que se oporam ao golpe de Estado do dia 28 de junho de 2009 e não reconheceram as eleições de novembro em pleno regime de terror. Três jornalistas foram assassinados num mês e 25 de março mataram ao professor José Manuel Flores na capital Tegucigalpa.
A resistência hondurenha afirma que foi uma assassinato político para intimidar, cometido por três matadores de aluguel na frente alunos e professores na hora do recreio do Instituto San José de El Pedregal.
A Plataforma de Direitos Humanos emitiu um comunicado onde indicou que “ao fazer uma leitura da brutal repressão exercida pelas forças policiais, militares e paramilitares que têm agido confabulados na ruptura da democracia em Honduras, fica claro que o que persiste no atual regime, é uma estratégia de terror e extermínio que procura imobilizar à cidadania”.
As organizações que integram a Plataforma afirmam que o crime de Flores não tem nada a ver com delinquência “comum”, como têm dito certas mídias controladas pela oligarquia hondurenha para que o delito permaneça na impunidade.
A coordenadora geral do Comitê de Familiares de Detidos Desaparecidos em Honduras (COFADEH), Bertha Oliva, expressou que a morte de Flores é consequência direta de uma política de Estado para reprimir, desarticular e eliminar o pensamento livre no país.
“Este assassinato, embora apareçam nas primeras páginas com a intenção de atribuí-lo à onda de criminalidade e insegurança que atinge Honduras, foi cometido por paramilitares. Esta morte nos indica a colocação em andamento de um plano de extermínio”, disse Oliva, conforme o blog Honduras en Lucha.
A professora Durian Chávez, do Colégio de Professores de Educação Média de Honduras, disse a defensoresenlinea.com que o assassinato de Flores é um crime político “precisamente pelo que somos como magistério, pela pressão que podemos ter, as mudanças que podemos realizar em nível político, as reformas que podemos fazer e a crítica forte que temos contra o governo anterior golpista e este governo que é a sua continuação”.
O presidente Porfirio Lobo Sosa enfrenta uma dura resistência tanto em nível nacional quanto internacional. Fora de fronteiras, dezenas de redes sociais de diversas partes do mundo enviaram uma carta ao presidente espanhol, José Luis Rodríguez Zapatero, para expressar sua preocupação pelo convite que seu governo fez ao mandatário hondurenho para participar da VI Cúpula de Chefes de Estado e de Governo da União Européia, América Latina e Caribe, que se realizará em maio em Madri.
“A Presidência Espanhola da União Européia e os Estados membro não deveriam dar sinal qualquer de que pode se legitimar um golpe de Estado através de um processo eleitoral, quando não tem se garantido o reestabelecimento prévio da democracia e as autoridades eleitas têm patrocinado ou foram cúmplices da sua ruptura”, afirmam as redes sociais na carta.
Fuente de foto: http://www.flickr.com/photos/lavagabunda/
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