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16 de febrero de 2011 | | |

Tempestade sem fim

Novas ameaças de morte contra ambientalistas em Cabañas, El Salvador

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Em El Salvador são constantes as intimidações telefônicas aos que tentam combater o avanço da mineração. Apesar de esta história incluir mortes de ambientalistas, os responsáveis continuam impunes.

No início deste mês de fevereiro tem se iniciado uma nova onda de ameaça mediante chamadas telefônicas e mensagens aos integrantes do Comitê Ambientalista do departamento de Cabañas, no centro norte do país. Trata-se de um dos territórios com maiores recursos naturais de todo o estado salvadorenho.

Este tipo de ameaças têm sido o lamentável prólogo do assassinato de ativistas anti-mineração como Marcelo Rivera, Dora Alicia Sorto (grávida de oito meses) e Ramiro Rivera em 2009. No entanto, as autoridades policiais e judiciais não trabalham em identificar e julgar os responsáveis.

Foi o que explicaram em rodada de imprensa membros do Comitê e da organização Cesta-Amigos da Terra El Salvador que vem acompanhando e apoiando a resistência em Cabañas.

Administradores da terra

O Sacerdote Neptalí Ruiz, membro do Comitê Ambiental, tem recebido ameaças desde a tarde do dia 8 de fevereiro. Ao lembrar os que foram assassinados em 2009, o religioso indicou que essa ameaça continua presente: “Se o fizeram nesse momento porque não o fariam agora?” perguntou. “Somos Administradores da Terra” disse Neptalí Ruiz ao destacar que o papel da organização é unicamente defender os direitos da Mãe Terra e o das pessoas envolvidas na causa.

Os membros do Comitê responsabilizam a Fiscalia e Polícia Nacional Civil de chegar a se produzir novos crimes, já que não têm continuado com as pesquisas apesar de todas as provas apresentadas pelas vítimas.

Para Francisco Pineda, Presidente do Comitê Ambiental de Cabañas, é necessário chegar até os autores intelectuais do fato, enquanto não aconteça isto, as ameaças vão continuar e os assassinatos no departamento.

O Vice-presidente do Comitê Ambientalista en Cabañas, Alejandro Guevara, garante que desde que começou seu labor social y ambiental contra este tipo de projetos de mineração têm começado também os problemas.
Guevara também tem recebido ameaças, roubos e insultos. “Esta tempestade ainda não quer passar, ainda tenta ver quantos mais mata”, comentou indignado.

Beneficiados culpados

“Nós acreditamos que isto obviamente tem a ver com a mineração. Responsabilizamos pelo que possa acontecer a todas as pessoas que se beneficiem ou queiram se beneficiar da mineração no país, incluindo os políticos da Assembleia Legislativa que os apoiam”, disse por sua vez o Presidente de CESTA, Ricardo Navarro.

O dirigente indicou que a denúncia internacional sobre o caso do departamento de Cabañas tem sido muito divulgada e portanto coloca o estado salvadorenho sob o foco das organizações ambientalistas e de direitos humanos também fora das fronteiras.

Radio Mundo Real

Foto: jerhard.org

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