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8 de mayo de 2012 | |

Tardíssimo mas chega

Brasil: dois militares responsáveis por massacre cometido há 16 anos foram presos

Passaram mais de 16 anos para que algum responsável começara a pagar por estes crimes. Neste dia 7 de maio, a justiça do estado do Pará, decidiu enviar a prisão o coronel Mario Colares Pantoja e o major retirado José María Pereira de Olivera, responsáveis por 19 homicídios.

Trata-se de uma dívida histórica e de um dos episódios mais tristes da história da luta pela terra no Brasil. No dia 17 de abril de 1996 da Polícia Militar reprimiram selvagemente um protesto de cerca de 1.500 camponeses sem terra em El Dorado dos Carajás.

O saldo daquela repressão foi a morte de 19 militantes sociais que exigiam que se agilizaram os trâmites de desapropriação de terras e o resultado do massacre foi que transformou-se num marco histórico em matéria das lutas camponesas, a cada ano celebra-se agora nessa data o Dia Internacional da Luta Camponesa.

A justiça havia sido pronunciado em primeira instância contra os dois militares, mas permaneciam em liberdade porque contavam com um recurso de habeas corpus do Tribunal Supremo Federal (TSF), e porque apelaram da sentença. Agora a sentença ficou firme e serão presos: Pantoja foi condenado a 228 anos de cadeia e Oliveira a 158 anos e quatro meses.

As reações nas organizações brasileiras são todas positivas e esperam que marque um antecedente, já que são dezenas os crimes contra camponeses que permanecem impunes; uma delas é o Movimento de Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), ao que pertenciam as 19 vítimas de El Dorado dos Carajás.

O coordenador do MST no Pará, Ulisses Manaças, saudou a sentença judicial e mostrou-se confiante em que possam ser resolvidos outros casos. "Por mais que você tenha um quadro que demonstra a dificuldade do Poder Judicial em atuar, isto da forças para ter uma mudança de comportamento que fortalece a luta pela justiça e os direitos humanos", destacou Manaças, conforme Prensa Latina.

Também é possível avançar nos marcos desta causa, entre outras cosas porque é evidente que um massacre como a de Pará não pode ser responsabilidade de apenas duas pessoas. O MST aponta para os responsáveis políticos dessa época, como o ex-governador Almir Gabriel -que ordenou desalojar o bloqueio de estrada-, e o secretário de Segurança Pública, Paulo Câmara, que autorizou as medidas repressivas.

Foto: www.mst.org.br

(CC) 2012 Radio Mundo Real

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