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11 de Novembro de 2011 | Notícias | Direitos humanos
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Desalojamentos, fustigamentos e outras formas repressivas marcam a vida cotidiana na zona do sul de Bolívar, na Colômbia, abrindo caminho aos cultivos para agrocombustíveis contra os direitos coletivos.
Assim foi como explicou no II Fórum Agrocombustíveis na Colômbia, o dirigente do Coordenador Nacional Agrário (CNA), Rafael Eliécer Castro, entrevistado por nossos companheiros da Censat-Agua Viva para Rádio Mundo Real. O sul de Bolívar é um das regiões de mais expansão dos agrocombustíveis no país.
Ali, em 1997, pela necessidade de cultivar terras para produzir alimentos e ter melhores condições de vida, 123 famílias ocuparam uma área abandonada, conhecido como “Las Pavas”. As famílias exerceram atos de posse pacífica e exploração agrícola das terras até 2003 quando homens do Bloco Central Bolívar das paramilitares Auto-defesas Unidas da Colômbia chegaram à região assassinando e desalojando os camponeses.
Desde 2004 houve uma série de processos de retorno ao território e conflitos jurídicos sobre a posse das terras que tem acabado em novos desalojamentos dos camponeses de suas terras, o que provocou no inicio deste ano um novo processo de volta a “Las Pavas”.
No entanto, os camponeses têm denunciado um “estado de completa insegurança alimentar e crise nutricional, sem ter onde produzir nossos alimentos, sendo forçados a recorrer à assistência alimentar que nos têm dado de forma puntual algumas organizações internacionais, com ausência de intervenção pública”.
Na comunidade há 191 crianças, grávidas e adultos maiores.
As sequelas de militarização e violência permanecem, já que as empresas de palma mantém seus interesses nas terras que hoje são o lar dessas famílias, diz Rafael Eliécer Castro.
Foto: notimundo.blogspot.com
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