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3 de Maio de 2010 | Notícias | Indústrias extrativas
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O lema que escolheram foi “Mineração = Morte, Panamá livre de Minas Já”. O lugar da protesto foi o luxuoso Centro de Convenções Vasco Nuñez de Balboa, situado na capital do país. Ali ativistas panamenhos interromperam no fim da semana passada a conferência de imprensa que inaugurava a 17º reunião de ministros de Ambiente da América Latina e o Caribe.
Denunciaram que a concessão de licenças para a mineração a céu aberto põe o Panamá em “risco de extinção”, sobretudo pelos impactos que provoca essa atividade no Corredor Biológico Mesoamericano.
Existem quase 300 concessões mineradoras sendo tramitadas pelas autoridades ambientais panamenhas, o que supõe, conforme as organizações, um atentado contra o modelo de desenvolvimento sustentável. “O governo do Panamá tem declarado a sua intenção de ampliar a cobertura mineradora num país frágil e fundamental para o equilíbrio ambiental da região”, afirma a plataforma da declaração.
Garantem que estas licenças são concedidas de costas para as comunidades. Dizem que não há consultas prévias e oculta-se a informação. Tudo isto acaba na expulsão de comunidades e a contaminação de recursos naturais, que acaba com a economia local.
O texto das organizações foi entregue à imprensa e foi lido em plena conferência ministerial. Quando ambientalistas entraram na sala de conferências estavam sentados Angela Copper e Margarita Astrálaga, do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA), e o funcionário Javier Arias, administrador da Autoridade Nacional do Ambiente do Panamá; atrás deles, que estavam olhando atônitos a situação, penduraram os cartazes, e lançaram gritos de ordem como "ANAM, delinquente", "Panamá livre de Mineração" ou "Onde está a voz dos camponeses?", afirma o comunicado
Alguns dos projetos mineradores executados no país, a maioria deles de ouro e cobre, são o de Cerro Colorado, Cerro Petaquilla e Cerro Quema, e os principais atingidos por estas explorações são indígenas das etnias ngobe e buglé.
Foto: Plataforma Panamá Vale Más, Sin Minería
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