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11 de octubre de 2011 | | |

Sem água hoje, sem comida amanhã

Projetos põem em risco o aceso de pescadores artesanais a sua alimentação tradicional

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Mulher africana, pescadora artesanal, ativista, a ugandesa Rehema Bavura também faz parte da delegação internacional que trabalha durante estes dias na sede de la FAO, en Roma, buscando Diretrizes que garantam a permanência em suas regiões de origem dos povos pescadores em todo o planeta.

Rehema participou em nome de seu setor, os pescadores e pescadoras artesanais, na rodada de imprensa onde se divulgaram o processo que desembocou nas Diretrizes sobre o uso e posse da terra e os recursos florestais e pesqueiros nos marcos da FAO.

“Para os pescadores e pescadoras, a apropriação de terras deve ser detida agora. Porque se não temos terra agora, não teremos comida amanhã. Tanto as terras secas como os lagos e lagoas são a fonte de nossa água e portanto de nossa comida. Nossa comida vem diretamente da água, é pescada por nossos esposos e nós defumamos ela”, contou Rehema.

Por isso, os grandes investimentos em terra, a pesca industrial de grandes corporações, bem como projetos em mineração ou em hidrelétricas têm atingido diretamente o direito à alimentação e portanto a uma vida digna de milhões de pessoas na África e no mundo em geral, diz Rehena Bavuma, integrante do Fórum Mundial de Pescadores Artesanais e Trabalhadores da Pesca.

(CC) 2011 Radio Mundo Real

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