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28 de Outubro de 2009 | Entrevistas | Vítimas da mudança climática | Justiça climática e energia
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Cerca de 10 mil salvadorenhos de 29 comunidades da zona de Bajo Lempa têm visto nos últimos anos como por causa do aquecimento global, há mudanças substanciais em suas vidas cotidianas. Estes camponeses que subsistem graças ao plantío de milho, a base principal de sua economia, vivem agora entre as extremas secas, as grandes inundações e os terremotos.
Foi o que contou à Rádio Mundo Real o dirigente José Santos Guevara, da Associação de Comunidades Unidas de Bajo Lempa, que apresentou esta situação ao Tribunal Internacional de Justiça Climática na cidade boliviana de Cochabamba.
Os atingidos pela mudança climática que foram de El Salvador denunciaram a negligência dos últimos governos desse país, que têm se caracterizado por agir em forma reativa aos fenômenos climáticos, ao invés de aplicar políticas de prevenção que permitam diminuir os efeitos, geralmente devastadores para a economia familiar.
Pelo contrário, o Poder Executivo promove a construção de grandes estradas, a instalação de hidrelétricas, os investimentos de mineração a céu aberto e o desmatamento.
Uma pesquisa feita pelas organizações locais no ano passado registrou que 45 porcento dos habitantes da zona de Bajo Lempa sofre algum tipo de doenças, fundamentalmente devido ao consumo de água contaminada. Um dos problemas mais frequêntes é a insuficiência renal, e os problemas respiratórios têm aumentado, afirmou José.
A luta das comunidades desta região salvadorenha já tem vários anos, onde realizaram mobilizações a pé até a capital do país, San Salvador, para exigir medidas às autoridades.
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