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24 de Junho de 2010 | |

Risco de revolta

A guerra contra o povo “nunca terminou” na Guatemala, denunciam organizações.

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Los livros de História ensinaram que o conflito armado na Guatemala terminou com a assinatura do acordo de paz de 29 de dezembro de 1996, mas as organizações populares guatemaltecas insistem no fato de que a guerra contra o povo “nunca terminou”, segundo Roberto Madriz, da Frente Nacional de Luta (FNL) do país.

“A repressão é permanente, crescente e continua sendo seletiva”, afirmou o representante da FNL que nos últimos cinco anos tem “recolhido das ruas os cadáveres de mais de 60 companheiros”.

A organização denunciou que nos últimos seis meses foram assassinados oito dirigentes populares vinculados à luta contra a corporação espanhola União Fenosa.

Aproximadamente dois mil efetivos militares e policiais foram mobilizados pelo Estado da Guatemala para cumprir com 250 ordens de captura de indivíduos relacionados a esta luta, incluindo Madriz.

“Há uma ofensiva contra o povo para favorecer os interesse desta empresa, na qual se conjugam a força pública e a dos grupos paramilitares secretos do narcotráfico, tudo em um contexto de impunidade absoluta”, conforme Madriz.

Madriz assegura ainda que os vínculos da União Fenosa com as máfias locais são “difíceis de provar, ainda que sejam de conhecimento público e notório”.

“Abre suas oficinas nos mesmos locais onde operam os chefes do narcotráfico em uma zona fronteiriça com o México, e os seus capangas agridem a população de várias formas, permanentemente.

Vão de aldeia em aldeia dizendo que vão matar aqueles que não pagarem suas contas de luz. Assim notamos que a cumplicidade do narcotráfico com essa empresa é evidente”, denuncia.

Nem ao menos o Estado, que em geral é cúmplice das transnacionais, vincula esses oito assassinatos a crimes comuns, mas , todavia, não há investigação sendo feita ou ao menos suspeitos do cometimento de tais crimes”

A título de exemplo da relação entre a luta contra a União Fenosa e os homicídios, citou a morte do dirigente Víctor Gálvez, assassinado com 32 tiros ao sair de uma reunião contra a corporação.

O dirigente da FNL considera que a cólera social e os ricos de revoltas são iminentes, e forneceu o exemplo de um ocorrido de maio deste ano.

A comunidade de Las Brisas, no estado de San Marcos, não tem pagado a empresa em razão dos maus serviços prestados.

Diante desta situação a empresa cortou o abastecimento do povoado.

A população, segundo Madriz, ao encontrar-se sem luz saiu pelas ruas e, de maneira anárquica, capturou treze militares e funcionários da União Fenosa que pretendiam desinstalar os transformadores.

“Desarmaram o exército com machados, pedaços de madeira, facas e pedras”, explicou Madriz.

Os três mil habitantes de Las Brisas se enfrentaram com as forças de segurança, resultando na morte de um dos dirigentes locais, ainda que não se tenha encontrado responsáveis pelo feito.

“Isto pode repetir-se em outros lugares e superar limites. Ninguém deseja um banho de sangue em nosso país”, concluiu o militante guatemalteco.

(CC) 2010 Radio Monde Réel

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