11 de octubre de 2010 | Entrevistas | 3er. Encuentro Internacional de Afectad@s por las Represas | Justicia climática y energía
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Patagônia Chilena Sem Barragens é uma campanha de oposição aos mega-projetos hidrelétricos que pretendem ser levados a cabo na Patagônia Chilena, com o objetivo de produzir energia para os empreendimentos mineradores transnacionais, e não para a população dos centros urbanos.
Em entrevista com Rádio Mundo Real, Víctor Formantel, integrante deste movimento, explicou que havia dois focos principais para estas ameaças: o projeto HidroAysén, que a empresa espanhola ENDESA e a italiana ENEL pretendem instalar nos rios Baker e Pascua, e o empreendimento da mineradora suíço-australiana Xstrata Cooper, que visa barrar o rio Cuervo.
Formantel, presente no 3º Encontro Internacional de Atingidos e Atingidas por Barragens-realizado em Temacapulín, México- indicou que as empresas haviam planificado instalar oito centrais hidrelétricas, mas indicou com preocupação que esse só seria o começo.
Afirmou que todos os rios patagônicos que estão na região de Aysén no Chile estão ameaçados com ser intervidos se é que conseguem construir estas barragens, embora acrescentou que as empresas tinham um atraso importante em seus objetivos, já que os planos eram construir as barragens em 2008, mas não haviam podido, devido à reação importante da comunidade
Em relação ao fato de que a energia será para as mineradoras transnacionais e não para a população, Formantel afirmou que querem destruir a Patagônia para continuar destruindo o norte do país que tem sido arruinado pela mineração, onde já neste momento não é possível consumir a água dos rios.
Para ele esta situação tem uma origem clara: a ditadura militar liderada pelo ditador Augusto Pinochet, de 1973 a 1990.
“Nos últimos meses do governo de Pinochet foram entregues estes direitos de água com custo zero e de forma perpétua (...) aos que privatizaram a empresa nacional de eletricidade, que era ENDESA, e que logo passou a mãos de capitais chilenos e em 1998 foram vendidas a capitais espanhóis e agora a capitais italianos. Imagine, temos agora a ENEL, a geradora italiana tentando meter a mão na PatagÕnia chilena, e entendendo claramente que na ENEL, um terço da participação dos ativos está em mãos do Estado italiano: temos outros governos tentando intervir em parte do estado chileno e lamentavelmente estamos em mãos de poderes corruptos, de governantes que permitem isto, que não possuem legislação adequada como para proteger realmente os interesses das bases que vivem nos lugares, como o que vemos por aqui em Temaca”, afirmou Formantel.
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