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8 de octubre de 2009 | Noticias | Derechos humanos | Soberanía Alimentaria
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Nas fronteiras políticas interiores da Argentina, a dura realidade das famílias camponesas se repete em todo o território. É o que considera uma equipe da Frente Nacional Camponesa (FNC) que tem se encontrado com comunidades crioulas e indígenas, que em suas terras em Chaco, Salta e Formosa, começam a se organizar para resistir os embates de obscuros interesses agrocomerciais.
Vários padrões comuns unem as vozes e demandas dos pequenos produtores, que longe de se sentir isolados pelos límites jurisdicionais, buscam se unir e coordenar esforços para regularizar seus territórios históricos,e enfrentar a escassez de água e a angústia gerada pelo desapossamento implacável do atual modelo agropecuário.
No oeste da província de Formosa, em Teniente Gral. Fraga, empresários inescrupulosos tentam novamente―com retro-escavadeiras, juízes e guardas―, expulsar as famílias crioulas. Ali onde se está o Movimento Camponês de Formosa (MoCaFor), a perseguição não termina. Os familiares de Benigno López, um dos dirigentes mais reconhecidos do movimento recebem cartas de ameaças.
O FNC denuncia que López é perseguido «por defender o que lhes pertence ancestralmente a crioulos e indígenas, a terra». «Alguns não pensamos ficar de joelho, e sim contuinuar de pé.».
Esta é uma realidade parecida a da província de Chaco: terra seca, limitado acesso à água e insuportáveis temperaturas altas que somente comunidades com um grande conhecimento ancestral podem habitar e fazer produzir.
No centro do país, Pablo Orellana, destacado referente do Movimento Camponês de Santiago del Estero «Los Juríes», é vítima de uma «perseguição política sistemática».
Uma ordem de desalojamento que seria cumprida nesta sexta-feira, ameaça a permanência de Orellana em sua terra: vítima do modelo agroexportador que vai se expulsando, com total impunidade, os que se mantém em suas raíces. O referente do MoCaFor denunciou a mediocridade com que age a Justiça nas províncias, e destacou que os funcionários judiciais «geralmente são colaboradores das corporações» e facilitadores «para que sejam desalojados os que resistem».
Estes persistentes atropelos, forçaram FNC a postergar a «Primeira Festa da Terra e do Monte Chaquenho», que pensavam realizar durante estes dias, e onde trocariam experiências, conhecimentos, cantos e bailes, analisando os passos a seguir. No entanto, como explica López, prometeram unir «todos os dirigentes da Frente Nacional Camponesa em algum ponto do país» e insistir com a implementação estatal de medidas a favor do campesinato. «Se tivermos que recorrer a mobilizações, protestos, medidas de força, não vamos descartá-las», disse o dirigente.
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