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29 de Setembro de 2011 | Notícias | Anti-neoliberalismo | Justiça climática e energia
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O projeto hidrelétrico Ascanio Villalaz no Panamá atinge diretamente as comunidades do povo indígena kuna que vivem na zona limítrofe com Colômbia. Os moradores esperam desde o início da construção da barragem na década dos 70, a indenização negociada antes do desalojamento das comunidades atingidas.
A barragem Ascanio Villalaz situa-se no rio Bayano, na comarca indígena kuna yala, perto da fronteira com a Colômbia. Foi construída durante a ditadura militar de Omar Torrijos nos anos 70.
Os moradores locais sofrem os impactos da barragem e das fiações de alta tensão, além do desalojamento que tiveram que enfrentar décadas atrás. É que o projeto faz parte atualmente do Sistema de Interconexão Elétrica dos Países da América Central, fiação de alta tensião que conduz energia elétrica, nos marcos do “Plano Puebla Panamá”, agora rebatizado como “Plano Mesoamérica”.
Durante o VI Encontro Mesoamericano da Rede Latinoamericana contra Barragens e pelos Rios, suas Comunidades e a Água (REDLAR) na Costa Rica, Rádio Mundo Real entrevistou a dirigente Taina Edman, do Movimento da Juventude Kuna panamenha.
Edman denuncia que, ironicamente o povo indígena desalojado e que ainda mora perto da barragem não tem eletricidade. “Nós não temos nenhum beneficio pela barragem, porque para nós progresso não é ter hidrelétricas, nem interconexões. Nós estamos bem como estamos, porque na cosmovisão indígena dizemos que somos parte da Mãe Terra”, disse à Rádio Mundo Real, a dirigente.
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