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27 de Outubro de 2011 | Notícias | Justiça climática e energia
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No dia 22 de outubro, comunidades indígenas da Costa Rica divulgaram uma carta à opinião pública, onde expressam sua posição crítica em relação aos mecanismos conhecidos como de Redução de Emissões por Desmatamento e Degradação (REDD).
Os moradores de Kachabri, comunidade do território de Talamanca, na costa caribenha costa-riquenha, consideram nocivo este mecanismo de mercado de emissões, apoiado, entre outros, por este governo centro-americano, nos marcos dos debates sobre mudança climática dentro das Nações Unidas.
Na carta, indicam que não existem processos de consulta ou informação sobre a implementação do mecanismo de REDD nos territórios indígenas, apesar de que existe o Fundo Nacional de Financiamento Florestal (Fonafifo), entidade pública encarregada de administrar recursos para o pagamento de serviços ambientais.
A carta adverte pelas graves que poderiam ter as florestas dentro do território indígena: “Com REDD, as florestas se transformam em um ativo, ou seja, em uma mercadoria que compra e vende-se. Mas para os povos bribris, as florestas são um lugar sagrado onde Sibó (Deus Pai para este povo nativo) deixou todos seus elementos, como plantas, animais, águas e ar e em nenhum momento ele o deixou como um negócio, esta não é nossa tradição”.
As soluções à mudança climática, para eles, não se sustentam em mercados financeiros nem de especulação “já que os países ricos não querem se comprometer a diminuir suas emissões de carbono, mas querem que as florestas indígenas se transformem em um negócio. Isto quer dizer que o problema central da mudança climática não se modifica em nada e nossas florestas correm risco”.
Por último, pedem ao governo nacional que detenha toda implementação dos mercados de carbono em seus territórios até não haver processos de informação e consulta, e expressam seu repúdio a que REDD seja executada no território de Talamanca.
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