9 de enero de 2013 | Noticias | Cumbre de los Pueblos Santiago de Chile | Anti-neoliberalismo
Mais de 120 organizações, movimentos e redes sociais estão convocando para a Cúpula dos Povos da América Latina, Caribe e Europa “Pela justiça social, a solidariedade internacional e a soberania dos Povos”, que será realizada de 25 a 27 de janeiro em Santiago, a capital do Chile.
O encontro acontecerá na Faculdade de Urbanismo e Arquitectura da Universidade do Chile (rua Marcoleta 250 da capital), de forma paralela à Cúpula União Europeia (UE) – Comunidade de Estados Latino-americanos e Caribenhos (CELAC), na mesma cidade. O encontro terá cobertura especial da Rádio Mundo Real, como parte de uma plataforma de convergência de meios de comunicação que cobrirão as diversas atividades.
As organizações das três regiões que convocam (60 chilenas, mais de 30 organizações, movimentos e redes sociais do resto da América Latina e Caribe, mais de 20 europeias e cinco internacionais) afirmam que a Cúpula dos Povos buscará que “sejam ouvidas as demandas e propostas dos povos mobilizados (...) que lutam contra as políticas neoliberais que agridem nossas sociedades e pretendem aniquilar os seus direitos”.
“Convocamos todos os movimentos sociais, populares e políticos do Chile e de ambos continentes para se unirem à Cúpula dos Povos (...), para que sejam ouvidas as justas reivindicações e para que suas lutas e resistências às políticas injustas que lhes são impostas encontrem um espaço para a articulação e a construção de alternativas”, expressa a convocatória pública (em anexo, com a lista de todas as organizações convocantes).
Segundo a convocatória a cúpula “se desenvolverá a favor da justiça social e ambiental, a solidariedade e unidade entre as nações e os povos latino-americanos e europeus, a defesa dos bens comuns e pelo repúdio à mercantilização da natureza e a vida”.
O texto divulgado pelo Grupo de Facilitação da Cúpula dos Povos explica que o encontro se realizará no contexto de uma crise econômica e financeira mundial sem precedentes dos anos trinta do século passado. Conforme as organizações, os setores que geraram a crise e se enriqueceram com ela pretendem que ela seja paga pelos povos, impondo “tremendos” retrocessos sociais e democráticos. “As políticas de ’austeridade’, agora também na zona europeia, bem como a evolução política na América Latina e o resto do mundo exigem uma resposta unitária de nossos povos e uma saída radicalmente alternativa à recondução e o fortalecimento do atual modelo neoliberal”, diz o chamado. “Este momento histórico requer igualmente voltar a questionar profundamente as relações entre ambos continentes”, acrescenta.
Para as mais de 120 organizações, movimentos e redes sociais que convocam à Cúpula dos Povos, a cúpula em Santiago de Chile é uma oportunidade importante para questionar as diferentes dimensões da crise e as tentativas governamentais de utilizar o investimento de capitais europeus na América Latina como um caminho de saída a ela. Em um contexto atual “em que nossos povos se rebelam contra o modelo extrativista inequitativo e predador”. “Daí, a necessidade de avaliar os efeitos de tais investimentos e mais amplamente dos Tratados de Livre Comércio (TLC), especialmente por seu carácter aniquilador dos direitos sociais, do ambiente e das condições de trabalho, e vetor de agravamento da tremenda desigualdade social que atinge nossas sociedades”, diz o texto da convocatória.
“Os povos da América Latina, Caribe e da Europa dizemos não a estes TLC, exigimos que sejam renegociados os que estão em vigor e que seja detida a negociação ou ratificação” dos que estão avançados. As organizações exigem que os povos sejam devidamente consultados sobre o tipo de relaciones bi-continentais que querem estabelecer para servir a seus interesses, e não aos dos investidores e as corporações transnacionais.
Nesta linha, chamam a construir um novo tipo de relação entre a União Europeia, América Latina e Caribe, baseada na igualdade, a descolonização, a primazia dos direitos da cidadania sobre o lucro das transnacionais, e o respeito à soberania e aos direitos das nações. “Não aceitamos que a crise detonada pelo sistema financeiro transnacional sirva para promover retrocessos sociais em detrimento dos direitos e o bem-estar dos povos”, dizem. “Este encontro exigirá que acabem com as políticas de ajuste e austeridade e o questionamento da arquitetura financeira internacional”, pontualizam.
Para as organizações, movimentos e redes sociais os eixos temáticos da Cúpula dos Povos deverão incluir sua visão sobre inúmeros aspectos: o modelo de sociedade que querem, a democracia e a participação cidadã, os direitos humanos, as reivindicações dos povos originários, das mulheres e de diversos setores, sobre os bens comuns, a natureza e a Mãe Terra, sobre a integração, os investimentos e o comércio, sobre a democratização das comunicações, a governança global e o modelo imperante.
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