26 de febrero de 2013 | Entrevistas | No al golpe de estado en Paraguay | Acaparamiento de tierras | Luchadores sociales en riesgo | Soberanía Alimentaria
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Na quarta-feira 20 de fevereiro foi assassinado mais uma liderança do Paraguai na luta pela terra, a dois meses das eleições nesse país, depois do golpe de estado contra Fernando Lugo.
Benjamín “Toto” Lezcano, era coordenador da organização “Dr. Gaspar Rodríguez de Francia”, presente nos departamentos de Concepción e San Pedro.
As organizações paraguaias camponesas, de luta pela terra e pela soberania alimentar, bem como de direitos humanos entendem a morte de Lezcano como parte de una estrategia de genocídio contra a protesto social.
Paraguai vive sob um regime de facto que es considerado ilegítimo pela comunidade internacional. O país está suspendido no Mercosul e na UNASUL.
A Coordenadora de Direitos Humanos do Paraguai (Codehupy) indicou que com a morte desta liderança somam 129 os assassinatos na luta pela terra desde 1989.
A CONAMURI tem dito que no caso desta liderança se observa “o mesmo modus operandi que foi praticado nos casos de Sixto Pérez –no dia 1º de setembro, em Puentesiño (Departamento de Concepción)– e Vidal Vega –no dia 1º de dezembro, em Curuguaty (Departamento de Canindeyú). Mesmo assim o objetivo parece ser comum: decapitar as organizações camponesas”. Isto sem falar dos onze camponeses mortos em Curuguaty assassinados no dia 15 de junho de 2012.
Magui Balbuena, coordenadora da CONAMURI lembrou em entrevista com Rádio Mundo Real que continua a greve de fome dos presos políticos de Curuguaty.
Magui indicou que o departamento de Concepción está em processo de ser invadido pelos cultivos sojeiros extensivos por parte de empresas locais, brasileiras e transnacionais. Muitas das fazendas de gado tradicionais em Conpcepción estão imigrando rumo ao agronegócio sojeiro.
No dia 20 de abril serão as eleições presidenciais e legislativas no Paraguai. Estes fatos parecem querer “limpar o terreno” de protesto social diante de uma volta de um governo conservador. Magui fala sobre este aspecto na entrevista que pode se ouvir no áudio anexo.
Por sua vez, o dirigente da Mesa Coordenadora Nacional de Organizações Camponesas (MCNOC), Luis Aguayo, listou as últimas execuções de dirigentes camponeses e afirmou que tudo indica que existe um plano de assassinato seletivo.
Aguayo explicou, em entrevista com Rádio Cardinal tomada pelo portal E’a, que nos últimos tempos não matam simples afiliados de organizações camponesas, mas suas principais lideranças.
O dirigente da MCNOC comentou que foram assassinados, Santiago Martínez, dirigente do Movimento Camponês Paraguaio (MCP) do Departamento de Caaguazú –assassinado em sua chácara-, Sindulfo Brítez, dirigente do distrito de Mbujapey, Departamento de Paraguari, Mariano Roque Jara da comunidade Santa Catalina de Curuguaty, Vidal Vega, do mesmo distrito e, no último, Bejamín Lezcano.
Foto: ojopelao.com
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