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5 de Maio de 2010 | Notícias | Conectando Alternativas IV
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As comunidades do município colombiano de Tauramena, situado na zona sul-ocidental do departamento de Casanare, há anos observam em seu território os impactos e danos que causa a indústria petroleira.
Por isso, durante a próxima instância do Tribunal Permanente dos Povos (TPP), a colombiana Corporação Social Para a Assessoramento e capacitação comunitária (COSPACC) e a britânica Colombia Solidarity Campaign UK apresentarão um caso que denuncia o agir da petroleira British Petroleum (BP) na zona.
Conforme estas organizações, devido a sua atividade, BP tem secado poços naturais de água, contaminando recursos hídricos destinados ao consumo humano. Por outro lado, tem causado derrubamentos na zona, e tem provocado contaminação auditiva, lumínica e atmosférica.
Além disso, a petroleira tem violado os direitos de associação dos trabalhadores, tem intimidado famílias para forçá-las a vender as suas terras, e tem contribuído a discriminar a mulher da região, que é colocada dentro da indústria do petróleo unicamente para trabalhos de limpeza, cozinha e vigilância, que estão no mais baixo escalão salarial.
Por outro lado, as organizações denunciam que, dentro das áreas de prospecção e exploração entregues em concessão pelo Estado colombiano, “tem se desenvolvido toda classe de delitos que atingem a população; existem estudos sobre desaparição forçada com 2.653 casos, assassinatos aproximadamente 9.000, ameaças, desalojamentos forçados, vulneração do direito à mobilidade, tem se generalizado a cultura do medo. Motivos pelos que durante muito tempo as comunidades não exigiam seus direitos à empresa BP”.
Também indica-se que petroleiras como BP e Oleoducto Central S.A. (Ocensa) “não têm assumido sua responsabilidade social na busca de alternativas diferentes ao setor petroleiro”, e “têm se limitado somente a construir pequenas soluções de moradia, capacitações, contribuições pequenas às ações comunais das zonas de influência, que não resultam no bem-estar de toda a comunidade”.
Por isso, os demandantes exigem que sejam avaliados os impactos ambientais derivados do agir das petroleiras, sejam estabelecidos mecanismos que obriguem as empresas a respeitarem os direitos humanos e a liberdade sindical, e que seja destinado o investimento social realizado pelas petroleiras a projetos de impacto e de interesse geral, encaminhados a despretrolizar a economia com recursos significativos.
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