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26 de Março de 2012 | Entrevistas | Soberania alimentar
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Para os movimentos sociais, a tarefa de formação de seus militantes é crucial na conjuntura atual: desde completar a escolarização formal até universidades camponesas onde são compartilhados saberes sobre agroecologia, análise político e oficios concretos para as tarefas de cada comunidade e da organização em seu conjunto.
A integrante do Movimento Nacional Camponês Indígena de Argentina (MNCI), Deolinda Carrizo, destacou a importância da formação para as organizações que se reuniram sobre a questão da Soberania Alimentar.
“Estamos avançando nestes últimos anos em nossa metodologia de escolas camponesas, tanto políticas quanto técnicas”, disse Deolinda, camponesa indígena da província argentina de Santiago del Estero.
"A intenção é formar quadros camponeses e camponesas para os desafios dos movimentos e conseguir assim novos substitutos que assumam as múltiplas responsabilidades, desde a questão produtiva até a representação nas coordenações nacionais, continentais e plataformas de interação com atores políticos", disse a referente camponesa de Santiago del Estero.
Dia da Memória
Neste sábado 24 foi relembrado na Argentina um novo aniversário do golpe de Estado militar de 1976 que colocou o país em uma sanguenta ditadura durante uma longa década.
Centenas de milhares de pessoas saíram às ruas na Capital Federal, marchando até a Praça de Maio, símbolo da resistência de mães e avós de detidos desaparecidos, exigindo "nunca mais ditadura" e que os julgamentos dos responsáveis civis e militares continuem.
Os participantes da Conferência por Soberania Alimentar, provenientes de toda a América Latina e do Caribe marcharam com as bandeiras vermelhas e verdes do MNCI-Via Campesina. A organização emitiu um comunicado exigindo o aprofundamento da democracia "para que os direitos humanos sejam universais”. Além de expressarem sua oposição à “lei anti-terrorista e a toda expressão que tente criminalizar e desprestigiar a luta social e o legítimo direito a realizar ações e mobilizações nos marcos da luta por justiça e igualdade social, política e econômica".
"Ares renovados e esperançadores percorrem nosso continente, junto às lutas dos movimentos sociais, da resistência, neste 24 de março chega sob outras condições, sobre as quais a integração latino-americana começa a ser um fato. Existem então novas possibilidades de deixar de ocupar o lugar e o papel que o imperialismo se obstina em nos exigir. E só a luta dos povos pode nos permitir dar esse salto", diz o texto da declaração publicada neste sábado.
Foto: Comunicación Movimiento Nacional Campesino Indígena-Vía Campesina.
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