Um âmbito para continuar aprofundando e debatendo a importância desta conceição será a próxima Conferência Mundial dos Povos sobre Mudança Climática e os Direitos da Mãe Terra, que se realizará na cidade de Cochabamba de 19 a 22 de abril.

Essa é a expectativa proposta pela boliviana Graciela López, da Rede Latino-americana Mulheres Transformando a Economia (REMTE), que em entrevista com Rádio Mundo Real comentou alguns dos lineamentos que tem esse espaço de reflexão, que nasceu com o objetivo de tornar visível a contribuição das mulheres à produção e a economia.

López lembrou que a Cúpula de Cochabamba convocou-se depois da “vergonha” de Copenhague -onde em dezembro do ano passado reuniu-se a COP 15 de Mudança Climática-, já que ali ficou claro que os países mais industrializados, como os Estados Unidos, não estão dispostos a assumir suas responsabilidades.

“É evidente o risco para a humanidade e a mãe terra. As mudanças são mais que visíveis e a consequência é que os povos serão cada vez mais pobres, porque entre as secas e as inundações é impossível produzir a terra”, lamentou a referente da Bolívia.

Diante deste complexo cenário, conforme López, o papel das mulheres será fundamental como o tem sido durante toda a história da humanidade. “Somos os que sustentamos a vida e somos capazes de reproduzi-la. Trata-se de recompor a vida através de nosso saberes ancestrais”, finalizou.

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