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19 de enero de 2011 | |

Para alimentar carros

Parlamentares mexicanos poderiam eliminar proibição de produzir etanol com milho

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O Parlamento do México está se preparando para votar um projeto de lei que deixaria sem efeito a proibição de utilizar o milho para produzir agrocombustíveis, apesar de se tratar de um alimento básico da dieta mexicana que tem subido de preço nos últimos dias.

A proposta foi introduzida há dois anos pelo ex-senador e atual governador do Estado de Sinaloa, Mario López Valdéz, e tem um amplo apoio de todos os partidos políticos mexicanos. No entanto, o aumento continuo que teve o preço da tortilha de milho durante dezembro fez com que os senadores do Partido Revolucionário Institucional não acompanhassem a medida, o que por enquanto deixou a iniciativa suspenso.

A lei atual proíbe que se utilize o milho para a produção de agrocombustíveis se é insuficiente para cobrir a demanda alimentar nacional. O projeto de lei visa eliminar esta proibição fazendo com que seja considerada em nível regional e não nacional, fazendo desta forma que os Estados que têm excedentes de milho possam destiná-lo à produção de agrocombustíveis.

"É uma loucura que só tem como objetivo enriquecer grandes produtores. Estamos nessa loucura de que, havendo no México 20% da população na pobreza extrema e com 45% de importação de alimentos, entremos na lógica de querer produzir etanol com alimentos básicos", disse a Tierramérica o diretor executivo da Associação Nacional de Empresas Comercializadoras de Produtores do Campo, Víctor Suárez.

O Parlamento do México tem se negado a incluir na Constituição o direito à alimentação e tem aprovado ao mesmo tempo os cultivos de milho transgênico, com a justificação de que se tratava de uma medida para aumentar a produção de milho para consumo humano.

No entanto, os camponeses e trabalhadores do campo indicam que a solução não passa pelo cultivo de transgênicos, mas sim por medidas que permitam conservar a biodiversidade, investindo no campo de forma sustentável.

Por outro lado, da campanha de organizações não governamentais mexicanas “Sem milho não há país” houve um forte pronunciamento em relação ao tema, já que se exigiu ao Senado que garantisse “que não se produza Etanol a partir de alimentos, milho e sorgo no México, até que não se garanta cobrir a demanda nacional e seja garantido o acesso a uma alimentação sádia, suficiente e culturalmente apropriada para toda a população”.

Também exigem que os parlamentares que aprovem uma Lei de Planejamento para a Segurança e Soberania Agroalimentar e Nutricional, “com o objetivo de dispor de um sistema de planejamento agroalimentar no longo prazo com base na soberania alimentar, o direito à alimentação e a revalorização da agricultura camponesa”.

Imagem: http://www.sinmaiznohaypais.org/

(CC) 2011 Radio Mundo Real

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