Neste caso foi a Organização dos Estados Americanos (OEA), que exige uma paralização das obras por uma denúncia de organizações opositoras do megaprojeto, que afirmam que os impactos no rio Xingú provocarão o deslocamento de cerca de 50 mil pessoas.

A denúncia na OEA foi apresentada pelo movimento Xingú Vivo para Sempre, que responsabiliza o Poder Executivo por não cumprir com as consultas prévias nas comunidades indígenas que seriam prejudicadas pelas obras.

O organismo pediu que toda a documentação vinculada aos processos de licenciamento no Ministério Público Federal (MPF) e a fundamentação técnica que acabou beneficiando a empresa Norte Energia na concessão das obras, conforme a Radioagência Notícias do Planalto.

Norte Energía já conta com a aprovação, adotada no fim de dezembro, de um empréstimo de 500 milhões dólares do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para as obras.

Têm sido múltiplas as vozes que têm se erguido contra a barragem Belo Monte, um projeto da última ditadura militar que foi retomado pela administração do ex-presidente Luiz Inácio "Lula" da Silva.

Uma das advertências mais representativas está num documento de comunidades indígenas de dezembro de 2009: nele afirmava-se que se a postura governamental não mudava o Xingú poderia se transformar num “rio de sangue”, lembra a agência Servindi.

Uma reportagem da Rádio Rural do Brasil, indica que agora há uma crise entre a OEA e o governo da presidenta Dilma Rousseff, por causa de Belo Monte.

Foto: www.masvoces.org