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27 de Julho de 2011 | Notícias | Soberania alimentar
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Produtores agroecológicos camponeses, se reunirão a partir do dia 27 de julho em Chimaltenango, Guatemala, em seu II Encontro Continental de Formadores e Formadoras em Agroecologia da Via Campesina.
Rafael González, Carmen Cumes e Luisa Xinico, da Coordenadora Latino-americana de Organizações do Campo (CLOC), informaram sobre a atividade e explicaram que vão analisar e refletir "os outros caminhos que existem diante da produção de monoculturas que promovem os agronegócios, que intoxicam o ambiente e portanto destroem nosso planeta".
Este encontro, onde participarão camponeses que praticam a agroecologia em todo o continente americano, aponta a refletir sobre a atividade e os benefícios desta forma ancestral de produção. "É praticada, mas não é conhecida. Existem muitas comunidades que realizam esta prática, mas não lhe dão a importância que merece", disse Luisa.
González afirmou que os participantes explicarão sua experiência e analisarão como fazer para produzir e contribuir a enfrentar a crise climática.
González explicou que a agroecologia é uma prática e concepção ancestral, "culturalmente gerada, socialmente justa, ecologicamente sã e uma alternativa à agricultura industrializada que concentra terras, expulsa comunidades camponesas e indígenas de seus territórios, enriquece as empresas de agroquímicos e gera dependência dos países com as transnacionais da alimentação e do mercado, enquanto a fome e a desnutrição cresce em todo o mundo".
Para Gonzales a terra dedicada a monoculturas como a do abacaxi, cana-de-açúcar, soja ou palma africana, requer de 50 anos, com tratamento, para que se recupere e volte a produzir milho e feijão, base da dieta popular na maioria dos países centro e sul-americanos.
A federação internacional Via Campesina tem realizado na América do Sul, Asia y África, encontros deste tipo, discutindo sobre as políticas neoliberais e seu impacto na agricultura indígena e camponesa e concluindo na necessidade de colocar a agroecologia no cenário político, social e econômico, mas também difundir a prática existente nas comunidades rurais do mundo.
Em Chimaltenango, Guatemala, existe a metodologia de “camponês a camponês”, que permite que as experiências e conhecimentos possam ser compartilhadas entre camponeses e camponesas.
Com este Encontro se espera construir articulações a partir da troca de experiências das organizações da CLOC Via Campesina com o objetivo de fortalecer o impulso da agroecologia como alternativa à agricultura excludente que promove o capitalismo.
*Prática agroecológica característica da Mesoamérica
Fuentes: Vía Campesina Centroamérica y Prensa Libre
Foto: Vía Campesina Centroamérica
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